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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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EUA enviam grupo para buscar armas no Iraque

DA REDAÇÃO

O Pentágono anunciou ontem o envio ao Iraque de um grupo de mil homens para procurar armas de destruição em massa supostamente produzidas pelo antigo regime do ditador Saddam Hussein.
A iniciativa, batizada de "Grupo de Pesquisa no Iraque", deve incluir militares, analistas de inteligência do governo, cientistas civis e empreiteiros e será provavelmente liderado por um general. Segundo membros do governo, alguns integrantes já estão trabalhando no Iraque, mas ele somente estará funcionando plenamente dentro de algumas semanas.
O suposto desenvolvimento de programas de armas de destruição em massa pelo regime de Saddam foi o principal argumento da coalizão anglo-americana para invadir o Iraque e derrubá-lo, mesmo sem a aprovação da ação militar pelo Conselho de Segurança da ONU. Porém até agora nenhuma prova da presença de armas de destruição em massa foi encontrada pelos militares da coalizão. Por diversas vezes as tropas americanas anunciaram suspeitas sobre possíveis armas encontradas, mas que se mostraram falsas posteriormente.
O chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, disse ontem que seus especialistas poderiam voltar ao Iraque poucas semanas após uma eventual autorização do Conselho de Segurança.
Segundo Blix, os EUA deveriam aprovar o envio de inspetores da ONU ao Iraque, porque eles dariam mais credibilidade a um eventual encontro de armas proibidas no país.
O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse ontem que é pouco provável que as forças americanas encontrem as armas proibidas no Iraque sem que iraquianos as levem até elas.
"Eu pessoalmente não acredito que vamos descobrir alguma coisa", disse Rumsfeld. "Acho que o que vai acontecer é que descobriremos pessoas que nos dirão onde encontrá-las. Não é como uma caça ao tesouro, na qual você só tem de correr olhando em todos os lugares, na esperança de encontrar algo", disse.


Com agências internacionais


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