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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Pacientes psiquiátricos são violentados

DA REDAÇÃO

Alguns pacientes de um hospital psiquiátrico de Bagdá foram violentados por saqueadores que invadiram e ocuparam o local durante três dias, segundo informou ontem a Cruz Vermelha internacional.
O diretor do hospital Al Rashid (região leste da capital), onde ocorreram os distúrbios, disse a representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha que os estupros ocorreram entre os dias 9 e 11 deste mês, quando saqueadores pilharam o hospital e queimaram o que não puderam levar.
Todos os 1.050 pacientes fugiram do hospital.
"Apenas 300 pacientes retornaram após os saques. O hospital não tem água suficiente, não há água para lavar ou limpar, tudo está extremamente sujo e só há uma pequena quantidade de alimento disponível para os pacientes", denunciou o relatório da organização internacional.
Além disso, todas as instalações do prédio -cozinhas, escritórios, lavanderias- onde funciona o hospital foram depredadas, acrescentou o informe.
"Eles roubaram tudo do hospital, móveis, comida, utensílios de todo o tipo. Também destruíram todos os papéis e arquivos relativos aos pacientes. Destruíram as cozinhas e roubaram até as camas dos pacientes", disse o diretor da instituição, o médico Amir Abu.
A Cruz Vermelha internacional disse que providenciou 30.000 litros de água potável, além de alimentos e combustível.
Como o abastecimento de água e energia ainda não foi restabelecido em Bagdá, a população, em especial os hospitais, dependem de geradores e de caminhões-pipas para sobreviver.
Algumas milícias particulares têm sido montadas na entrada de hospitais e prédios públicos a fim de evitar novos ataques.


Com agências internacionais.


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