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Pacientes psiquiátricos são violentados
DA REDAÇÃO
Alguns pacientes de um
hospital psiquiátrico de Bagdá foram violentados por saqueadores que invadiram e
ocuparam o local durante
três dias, segundo informou
ontem a Cruz Vermelha internacional.
O diretor do hospital Al
Rashid (região leste da capital), onde ocorreram os distúrbios, disse a representantes do Comitê Internacional
da Cruz Vermelha que os estupros ocorreram entre os
dias 9 e 11 deste mês, quando
saqueadores pilharam o
hospital e queimaram o que
não puderam levar.
Todos os 1.050 pacientes
fugiram do hospital.
"Apenas 300 pacientes retornaram após os saques. O
hospital não tem água suficiente, não há água para lavar ou limpar, tudo está extremamente sujo e só há
uma pequena quantidade de
alimento disponível para os
pacientes", denunciou o relatório da organização internacional.
Além disso, todas as instalações do prédio -cozinhas, escritórios, lavanderias- onde funciona o hospital foram depredadas,
acrescentou o informe.
"Eles roubaram tudo do
hospital, móveis, comida,
utensílios de todo o tipo.
Também destruíram todos
os papéis e arquivos relativos aos pacientes. Destruíram as cozinhas e roubaram
até as camas dos pacientes",
disse o diretor da instituição,
o médico Amir Abu.
A Cruz Vermelha internacional disse que providenciou 30.000 litros de água
potável, além de alimentos e
combustível.
Como o abastecimento de
água e energia ainda não foi
restabelecido em Bagdá, a
população, em especial os
hospitais, dependem de geradores e de caminhões-pipas para sobreviver.
Algumas milícias particulares têm sido montadas na
entrada de hospitais e prédios públicos a fim de evitar
novos ataques.
Com agências internacionais.
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