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Washington pressiona
Israel por concessões
DO "NEW YORK TIMES"
A administração Bush, tentando quebrar o impasse no processo
de paz no Oriente Médio, está
pressionando Israel a atenuar sua
presença na Cisjordânia e na faixa
de Gaza assim que um novo premiê palestino seja empossado em
uma ou duas semanas.
O pedido dos EUA, feito em
uma inusual reunião na Casa
Branca com dois representantes
do premiê Ariel Sharon, reflete a
preocupação americana de que a
guerra no Iraque seja seguida por
um avanço na questão palestina.
Entre as ações que Israel deve
estudar estão retirar tropas de
grandes cidades palestinas, relaxar as revistas nos postos de controle e os entraves burocráticos e,
além disso, acelerar a passagem
da cobrança tributária de Israel
para as autoridades árabes.
O governo Bush sofre pressão
de nações árabes e européias para
demonstrar mais atenção para a
causa palestina. Contra isso, existe a coação de sua base de apoio
interna, opositora a qualquer passo que deixe Israel mais inseguro.
Os enviados israelenses afirmaram que Sharon estuda o pedido
dos EUA, além da possibilidade
de libertar prisioneiros palestinos.
Mas só retiraria tropas das áreas
ocupadas de forma simbólica.
O objetivo da pressão norte-americana é alçar Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), o moderado futuro primeiro-ministro, ao lugar do marginalizado Iasser Arafat. O problema é
que Abbas está acertando com
Arafat a formação do gabinete de
governo e atrasando sua posse.
Anteontem, Colin Powell, secretário de Estado dos EUA, afirmou
que haverá "um engajamento
mais ativo" do país na questão,
com mais viagens à região.
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