São Paulo, sábado, 18 de maio de 2002

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EUA estudam intervir no novo confronto entre Índia e Paquistão

DA REUTERS

Os EUA sugeriram ontem que enviariam o vice-secretário de Estado, Richard Armitage, à Índia e ao Paquistão para tentar acalmar as tensões entre os dois países.
"Estamos pensando nisso, mas ainda não há uma decisão final", disse um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA.
Ele sugeriu que Armitage poderia partir para a região após a volta do presidente George W. Bush e do secretário de Estado Colin Powell da Europa, no fim do mês.
O porta-voz do Departamento de Estado Richard Boucher não confirmou o envio de Armitage, mas afirmou ontem que os EUA estavam "preocupados com a situação" na região.
A Índia acusou seu vizinho de encorajar o "terrorismo" após um ataque na Caxemira nesta semana atribuído a separatistas baseados no Paquistão, que matou mais de 30 pessoas, e pediu aos líderes internacionais que intensificassem a pressão sobre Islamabad.
O país também afirma estar "considerando seriamente" a possibilidade de realizar uma ação militar contra o Paquistão.
A Índia e o Paquistão mobilizaram cerca de 1 milhão de militares na sua fronteira desde dezembro de 2001, quando um ataque ao Parlamento indiano, pelo qual a Índia culpou separatistas baseados no Paquistão levou os adversários à beira de uma quarta guerra. Ambos têm arsenal nuclear.
A Índia controla cerca de 45% da Caxemira; o Paquistão, cerca de 33%; e a China, o restante.
A Índia acusa o Paquistão de incitar e armar separatistas na parte da Caxemira controlada pela Índia. O Paquistão nega e diz que dá apenas apoio moral à sua "luta legítima pela autodeterminação".
Doze grupos separatistas lutam contra forças indianas na região. Ao menos 33 mil morreram desde 1989. Segundo os separatistas, foram mais de 80 mil mortos.



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