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São Paulo, domingo, 18 de maio de 2003

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Al Qaeda volta à ativa, diz "NY Times"

ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

A Al Qaeda retomou suas atividades em alguns países e montou células para recrutar novos integrantes e treiná-los, segundo o jornal "The New York Times.
De acordo com funcionários do governo dos EUA ouvidos pelo jornal, as bases da organização terrorista já operam em alguns lugares -entre eles Quênia, Sudão, Paquistão e Tchetchênia.
Os funcionários dizem que a capacidade de ação da Al Qaeda diminuiu, mas apontam que a entidade continua tendo métodos sofisticados de ação e que segue tendo os EUA como alvo.
Não há ainda confirmação de que a organização participou dos atentados no Marrocos, anteontem, e na Arábia Saudita, na segunda-feira passada.
Mas, dizem os funcionários, a ação em Riad pode marcar o fim de um período de dormência da Al Qaeda iniciado com a invasão americana ao Iraque, em março.
Em seu discurso semanal no rádio -gravado anteontem, antes dos atentados no Marrocos-, o presidente dos EUA, George W. Bush, disse que seu governo já prendeu cerca de metade dos líderes da organização terrorista.
"Vamos continuar a caçada a eles até que todos sejam trazidos à justiça. Do Paquistão às Filipinas [e] ao chifre da África, estamos caçando todos os assassinos da Al Qaeda", afirmou ele no discurso transmitido ontem.
O problema, segundo as questões levantadas pelos oficiais, é que a Al Qaeda está aumentando seu investimento em novos membros e, especialmente no Quênia, já conta com base razoavelmente estabelecida.
A ponto de, na quinta-feira passada, o Reino Unido ter proibido a principal empresa aérea do país, a British Airways, de voar para o Quênia. O governo britânico, que estaria temendo ataques com mísseis aos aviões, estendeu anteontem a proibição para mais cinco países do leste africano, incluindo o Sudão.
A nova fase da Al Qaeda estaria baseada em equipes menores e mais disciplinadas. Segundo os oficiais americanos, que não foram identificados, os novos líderes sabem como trabalhar sob a pressão de estarem sendo perseguidos pelos EUA.


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