São Paulo, terça-feira, 18 de maio de 2004

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ÍNDIA

Incerteza sobre reformas derruba mercados do país

Comunistas regateiam apoio, e Gandhi pode ficar sem maioria

DA REDAÇÃO

Tensão no cenário político e pânico no mercado financeiro chacoalharam ontem a Índia, no rastro da vitória eleitoral do Partido do Congresso na semana passada. A Bolsa de Valores de Mumbai (Bombaim) teve a pior queda de seus 129 anos, caindo 11 pontos.
Hoje, Sonia Gandhi -viúva do premiê Rajiv Gandhi (1984-89) e líder do Partido do Congresso- tem encontro com o presidente A.P.J. Abdul Kalam para discutir a formação de seu gabinete. Amanhã, ela assume o cargo de primeira-ministra.
Os partidos comunistas informaram ontem que não vão aderir oficialmente ao novo governo. Gandhi precisa deles para assegurar a maioria no Parlamento. Sem o bloco de esquerda, a coalizão do Partido do Congresso fica com 15 votos a menos do que os 272 necessários para a maioria.
Os comunistas prometeram dar apoio informal, votando com o Partido do Congresso na maioria das questões, incluindo moções de confiança e na definição da política econômica.
Os investidores temem que a esquerda bloqueie ou desacelere as reformas na terceira maior economia da Ásia, especialmente a privatização de companhias estatais. Líderes do Partido do Congresso têm afirmado nos últimos dias que as reformas não serão abandonadas.
Também contribui para desestabilizar o quadro político o fato de Gandhi ter nascido na Itália (ela ganhou a cidadania indiana em 1983). Ontem, nacionalistas hindus fizeram protesto contra a sua indicação para premiê.


Com agências internacionais


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