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ÍNDIA
Incerteza sobre reformas derruba mercados do país
Comunistas regateiam apoio, e Gandhi pode ficar sem maioria
DA REDAÇÃO
Tensão no cenário político e pânico no mercado financeiro chacoalharam ontem a Índia, no rastro da vitória eleitoral do Partido
do Congresso na semana passada.
A Bolsa de Valores de Mumbai
(Bombaim) teve a pior queda de
seus 129 anos, caindo 11 pontos.
Hoje, Sonia Gandhi -viúva do
premiê Rajiv Gandhi (1984-89) e
líder do Partido do Congresso-
tem encontro com o presidente
A.P.J. Abdul Kalam para discutir
a formação de seu gabinete. Amanhã, ela assume o cargo de primeira-ministra.
Os partidos comunistas informaram ontem que não vão aderir
oficialmente ao novo governo.
Gandhi precisa deles para assegurar a maioria no Parlamento. Sem
o bloco de esquerda, a coalizão do
Partido do Congresso fica com 15
votos a menos do que os 272 necessários para a maioria.
Os comunistas prometeram dar
apoio informal, votando com o
Partido do Congresso na maioria
das questões, incluindo moções
de confiança e na definição da política econômica.
Os investidores temem que a esquerda bloqueie ou desacelere as
reformas na terceira maior economia da Ásia, especialmente a
privatização de companhias estatais. Líderes do Partido do Congresso têm afirmado nos últimos
dias que as reformas não serão
abandonadas.
Também contribui para desestabilizar o quadro político o fato
de Gandhi ter nascido na Itália
(ela ganhou a cidadania indiana
em 1983). Ontem, nacionalistas
hindus fizeram protesto contra a
sua indicação para premiê.
Com agências internacionais
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