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Justiça dos EUA
permite segredo
sobre presos
DO "NEW YORK TIMES"
Uma corte de apelações federal dos EUA decidiu ontem que
o governo pode manter em segredo o nome de mais de 700
pessoas detidas nas investigações sobre os atentados de 11 de
setembro de 2001. A decisão
deu razão ao Departamento da
Justiça, que argumenta que tornar essa informação pública
"permitiria à Al Qaeda e a outros grupos terroristas mapear
o rumo das investigações".
O resultado do julgamento é
um revés para os grupos de defesa das liberdades civis, que
exigem do governo de George
W. Bush a divulgação de nomes e de outras informações
das pessoas, na maioria imigrantes, presas pelas investigações sobre os atentados com
base no argumento da segurança nacional.
A corte disse que o governo
pode ocultar ainda datas e locais da detenção e da libertação
de todos os presos, incluindo
aqueles acusados por crimes
federais, e os nomes dos advogados que os representam.
"A divulgação [dos dados]
informaria os terroristas sobre
os focos substantivo e geográfico da investigação. Além disso,
a divulgação informaria os terroristas sobre quais de seus
membros cederam às investigações", diz o texto da decisão.
Perfil racial
O Departamento da Justiça
divulgou ontem diretrizes que
proíbem policiais federais de
basear seu trabalho de rotina
em questões relacionadas ao
perfil racial, mas permitem o
uso de raça e grupo étnico como critérios para identificar
suspeitos de terrorismo.
As novas regras impedem,
por exemplo, que policiais parem motoristas por violações
de leis de tráfego com critérios
relacionados ao perfil racial ou
étnico desses motoristas.
O presidente George W. Bush
vem prometendo tomar medidas para eliminar o critério étnico nas ações policiais desde que assumiu o cargo, no início
de 2001. As organizações de defesa dos direitos civis reclamam que membros de minorias étnicas têm sido alvo de
ações policiais indevidas.
Com agências internacionais
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