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São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2003

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Justiça dos EUA permite segredo sobre presos

DO "NEW YORK TIMES"

Uma corte de apelações federal dos EUA decidiu ontem que o governo pode manter em segredo o nome de mais de 700 pessoas detidas nas investigações sobre os atentados de 11 de setembro de 2001. A decisão deu razão ao Departamento da Justiça, que argumenta que tornar essa informação pública "permitiria à Al Qaeda e a outros grupos terroristas mapear o rumo das investigações".
O resultado do julgamento é um revés para os grupos de defesa das liberdades civis, que exigem do governo de George W. Bush a divulgação de nomes e de outras informações das pessoas, na maioria imigrantes, presas pelas investigações sobre os atentados com base no argumento da segurança nacional.
A corte disse que o governo pode ocultar ainda datas e locais da detenção e da libertação de todos os presos, incluindo aqueles acusados por crimes federais, e os nomes dos advogados que os representam.
"A divulgação [dos dados] informaria os terroristas sobre os focos substantivo e geográfico da investigação. Além disso, a divulgação informaria os terroristas sobre quais de seus membros cederam às investigações", diz o texto da decisão.

Perfil racial
O Departamento da Justiça divulgou ontem diretrizes que proíbem policiais federais de basear seu trabalho de rotina em questões relacionadas ao perfil racial, mas permitem o uso de raça e grupo étnico como critérios para identificar suspeitos de terrorismo.
As novas regras impedem, por exemplo, que policiais parem motoristas por violações de leis de tráfego com critérios relacionados ao perfil racial ou étnico desses motoristas.
O presidente George W. Bush vem prometendo tomar medidas para eliminar o critério étnico nas ações policiais desde que assumiu o cargo, no início de 2001. As organizações de defesa dos direitos civis reclamam que membros de minorias étnicas têm sido alvo de ações policiais indevidas.


Com agências internacionais


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