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Brasileiros que disputam torneio estão tranquilos
RODRIGO PENA MAJELLA
DA REDAÇÃO
Apesar da violência diária da
nova Intifada (levante palestino),
os 110 membros da delegação brasileira da 16ª edição das Macabíadas não estão preocupados com
as ameaças terroristas. O Brasil é
um dos quase 50 países que participam dos jogos olímpicos judeus
em Israel.
"Estamos todos alegres e contentes. O espírito da delegação está totalmente voltado para a competição", afirmou à Folha por telefone, de Jerusalém, Jonny Cukier, 52, presidente da Confederação Brasileira Macabi (CBM) e
chefe da delegação. "Participamos das competições, dos eventos e dos passeios."
"Nem as famílias estão preocupadas. A participação é até um
meio de prestar solidariedade ao
Estado de Israel", afirmou David
Caderman, 63, vice-presidente da
CBM. "O único perigo é perder o
jogo", brincou ele.
Nas Macabíadas de 1997, a delegação brasileira foi maior: 220
atletas e dirigentes. Segundo Cukier, a violência foi uma causa
apenas indireta da redução.
A organização do evento chegou a cogitar um adiamento por
causa do conflito, e muitos atletas
teriam desistido para disputar outras competições. Mas grande
parte não teria ido para Israel devido às dificuldades decorrentes
da crise cambial, disse Cukier.
"Sentimos que é muito difícil
que algo aconteça. Uma prova da
tranquilidade é que, dos 105 atletas [há cinco dirigentes na delegação", 44 têm menos de 16 anos",
afirmou Cukier. "Acho que poucos deixaram de vir por causa da
violência. Quem é de São Paulo ou
do Rio já convive com esse problema, não deixa de viver por causa da violência."
O Brasil disputa medalhas em
futebol, futsal, vôlei masculino,
natação, judô, tae-kwon-do, tênis,
tênis de mesa e atletismo. Os brasileiros já conquistaram duas medalhas de ouro e quatro de bronze
este ano, todas na natação.
A competição foi aberta anteontem, com uma cerimônia da qual
participou o premiê Ariel Sharon,
e termina na segunda-feira.
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