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São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 2003

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Alertas eram procedimento "normal" da PF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal enviou a autoridades argentinas alertas periódicos, em 1994, sobre possíveis atentados em Buenos Aires. A Folha apurou que o procedimento era considerado "normal" pelo órgão, mas ontem não havia detalhes disponíveis sobre os alertas especificamente citados pelo "Página/12".
Os serviços de inteligência da PF monitoram o cotidiano de alguns personagens na Tríplice Fronteira -região entre Argentina, Brasil e Paraguai- e avisam os países quando há movimentação considerada suspeita. Em relação à Argentina havia um complicador: o atentado contra a Embaixada de Israel em Buenos Aires em 1992.
Há exatos nove anos, ocorreu o atentado contra a sede da Amia (Associação Mutual Israelense Argentina), um crime até hoje não esclarecido pela polícia. Na ocasião, monitoramentos de conversas de membros da comunidade árabe da Tríplice Fronteira indicavam o planejamento de atentados. Não havia, porém, como saber especificamente o local e a magnitude da ação terrorista, segundo um policial federal ouvido pela Folha.
A região tem forte presença árabe e sempre figura em listas americanas de locais suspeitos de fomento ao terror. A comunidade local, por sua vez, vê nisso uma atitude preconceituosa. O governo brasileiro nega haver células terroristas na área.


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