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Alertas eram
procedimento
"normal" da PF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Polícia Federal enviou a
autoridades argentinas alertas periódicos, em 1994, sobre possíveis atentados em
Buenos Aires. A Folha apurou que o procedimento era
considerado "normal" pelo
órgão, mas ontem não havia
detalhes disponíveis sobre
os alertas especificamente
citados pelo "Página/12".
Os serviços de inteligência
da PF monitoram o cotidiano de alguns personagens na
Tríplice Fronteira -região
entre Argentina, Brasil e Paraguai- e avisam os países
quando há movimentação
considerada suspeita. Em relação à Argentina havia um
complicador: o atentado
contra a Embaixada de Israel
em Buenos Aires em 1992.
Há exatos nove anos, ocorreu o atentado contra a sede
da Amia (Associação Mutual Israelense Argentina),
um crime até hoje não esclarecido pela polícia. Na ocasião, monitoramentos de
conversas de membros da
comunidade árabe da Tríplice Fronteira indicavam o
planejamento de atentados.
Não havia, porém, como saber especificamente o local e
a magnitude da ação terrorista, segundo um policial federal ouvido pela Folha.
A região tem forte presença árabe e sempre figura em
listas americanas de locais
suspeitos de fomento ao terror. A comunidade local, por
sua vez, vê nisso uma atitude
preconceituosa. O governo
brasileiro nega haver células
terroristas na área.
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