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JULGAMENTO EM MIAMI
Abafamento de caso da mala renderia contratos, diz acusado
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Em declaração ontem no
julgamento do chamado caso
da mala, o empresário venezuelano Carlos Kauffmann
revelou uma rede de corrupção em que ele e seu sócio
Franklin Durán pagaram subornos e cobraram comissões de funcionários e militares da Venezuela durante
anos para conseguir negócios milionários.
Os dois são acusados de
formar parte de um grupo de
agentes do governo venezuelano encarregados de pressionar o empresário Guido
Antonini Wilson a não revelar a origem e o destino dos
US$ 800 mil que levava em
uma mala com a qual tentou
entrar na Argentina em
agosto de 2007.
Segundo o promotor, o dinheiro seria uma doação ilegal da Venezuela à campanha
da hoje presidente da Argentina, Cristina Kirchner.
Kauffmann relatou os casos de corrupção para explicar como se beneficiariam
ocultando informações sobre a mala. "Se conseguíssemos resolver o problema, isso nos garantiria receber em
troca grandes pagamentos
por meio de importantes
contratos", afirmou.
O empresário detalhou
mais de dez casos de corrupção entre 1998 e 2004. Em
uma das operações, ele e Durán teriam ganhado mais de
US$ 100 milhões em uma
reestruturação de títulos, pela qual teriam pagado US$ 25
milhões ao ex-ministro de
Finanças Tobías Nobrega e a
seus assessores.
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