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Bagdá vai cooperar, mas acha "difícil evitar guerra"
DA REDAÇÃO
O vice-premiê iraquiano, Tareq
Aziz, disse ontem que os EUA
querem atacar o Iraque, independentemente de o país ter aceito a
resolução do Conselho de Segurança da ONU. A declaração foi
dada à rede de TV britânica ITV.
"Para ser honesto, não creio que
o fato de termos aceitado a resolução e de os inspetores não encontrarem nada em nosso território
conseguirá evitar a guerra", afirmou Aziz. O vice-premiê acrescentou que "os iraquianos não
sentem que a possibilidade de um
ataque americano ao país esteja
totalmente descartada".
Segundo o vice-premiê, que é
uma das pessoas mais próximas a
Saddam, os outros membros do
Conselho de Segurança da ONU
deveriam intervir em qualquer
tentativa dos EUA ou do Reino
Unido de afirmar que o regime
iraquiano está colocando obstáculos à ação dos inspetores.
Os inspetores, de acordo com
Aziz, terão acesso a todos os locais. "Nós daremos acesso imediato. Demos instruções para que
todas as pessoas responsáveis
permitam a entrada deles para
inspecionar os locais", afirmou.
Porém o vice-premiê iraquiano
fez uma ressalva sobre as inspeções-surpresa: "Quando você vai
a um local, alguém precisa abrir a
porta. E esse alguém precisa saber
quem está vindo."
O chefe dos inspetores da ONU,
Hans Blix, chegou ontem ao Chipre, onde a missão que irá a Bagdá, composta por 25 membros, se
reúne para embarcar hoje ao Iraque para as primeiras conversas
com o regime de Saddam.
As primeiras inspeções devem
começar no dia 27. Mas, somente
após o dia 8 de dezembro, começarão a ser feitas vistorias em larga escala.
Bombardeio
Os EUA e o Reino Unido bombardearam ontem sistemas de defesa do Iraque na zona de exclusão aérea no norte do país. Os iraquianos afirmam que os alvos
eram civis. Não há informação de
vítimas no ataque.
Com agências internacionais
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