São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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Bagdá vai cooperar, mas acha "difícil evitar guerra"

DA REDAÇÃO

O vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, disse ontem que os EUA querem atacar o Iraque, independentemente de o país ter aceito a resolução do Conselho de Segurança da ONU. A declaração foi dada à rede de TV britânica ITV.
"Para ser honesto, não creio que o fato de termos aceitado a resolução e de os inspetores não encontrarem nada em nosso território conseguirá evitar a guerra", afirmou Aziz. O vice-premiê acrescentou que "os iraquianos não sentem que a possibilidade de um ataque americano ao país esteja totalmente descartada".
Segundo o vice-premiê, que é uma das pessoas mais próximas a Saddam, os outros membros do Conselho de Segurança da ONU deveriam intervir em qualquer tentativa dos EUA ou do Reino Unido de afirmar que o regime iraquiano está colocando obstáculos à ação dos inspetores.
Os inspetores, de acordo com Aziz, terão acesso a todos os locais. "Nós daremos acesso imediato. Demos instruções para que todas as pessoas responsáveis permitam a entrada deles para inspecionar os locais", afirmou.
Porém o vice-premiê iraquiano fez uma ressalva sobre as inspeções-surpresa: "Quando você vai a um local, alguém precisa abrir a porta. E esse alguém precisa saber quem está vindo."
O chefe dos inspetores da ONU, Hans Blix, chegou ontem ao Chipre, onde a missão que irá a Bagdá, composta por 25 membros, se reúne para embarcar hoje ao Iraque para as primeiras conversas com o regime de Saddam.
As primeiras inspeções devem começar no dia 27. Mas, somente após o dia 8 de dezembro, começarão a ser feitas vistorias em larga escala.

Bombardeio
Os EUA e o Reino Unido bombardearam ontem sistemas de defesa do Iraque na zona de exclusão aérea no norte do país. Os iraquianos afirmam que os alvos eram civis. Não há informação de vítimas no ataque.


Com agências internacionais


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