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Hospital em base abre com baixa procura
O hospital de campanha
anunciado pelo governo
brasileiro começou a funcionar na noite de domingo e até a tarde de ontem
seguia com procura abaixo
do esperado. O hospital
tem capacidade para até
400 pessoas por dia, mas,
sem divulgação, poucos
sabiam do novo local de
atendimento e foram tratadas 196 pessoas.
Porto Príncipe está repleta de cartazes em que
moradores pedem ajuda,
comida e medicamentos e
informam sobre a existência de feridos na região. O
problema é que, sem luz e
sem TV, a divulgação ocorre na base do boca a boca.
Desde o terremoto, a população procura as bases
militares para ter auxílio
médico. A do Brasil está localizada em uma área distante de centros populacionais, e o transporte público ficou ainda mais precário desde o tremor por
conta da falta de gasolina.
Todos os dias aparecem
pessoas em busca de emprego no local. Para ser
atendida no hospital de
campanha, no entanto, a
população precisa seguir
para uma entrada um pouco mais distante. Já os
hospitais de Porto Príncipe estão lotados de feridos.
O coronel-médico Carlos Mac explica que, para
reverter o quadro, estão
conversando com outros
hospitais. Segundo ele,
80% dos casos são fraturas. O hospital conta com
48 profissionais de saúde.
Um dos atendidos ontem era o menino Ruwolf,
2. Ele chegou à base militar no dia do terremoto
com o braço pendurado
depois que um muro caiu
sobre ele. O braço foi amputado em cirurgia dentro
da base. Ontem, ele voltou
para ser reavaliado.
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