São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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VENEZUELA

Presidente ataca os EUA

Oposição terá guerra se quiser, diz Chávez

DA REDAÇÃO

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, desafiou os seus opositores a darem início a uma guerrilha contra ele caso haja fracasso na tentativa de convocar um referendo para derrubá-lo neste ano.
"Eles têm ameaçado com uma guerra, um golpe, uma intervenção externa se o Conselho Nacional Eleitoral [CNE] não der a resposta que eles pretendem", disse.
O CNE anunciará, no dia 29, os resultados preliminares da coleta de assinaturas da oposição e, ao longo do mês de março, decidirá se será convocado um referendo para determinar se o presidente Hugo Chávez deve permanecer no poder.
"Bem, deixem eles começarem a guerrilha de alguma montanha. Nós iremos e os encontraremos. Guerra é guerra", afirmou Chávez sobre os opositores.
A oposição afirma que Chávez está influenciando o CNE a tomar uma decisão a seu favor.
A oposição afirma ter recolhido 3,4 milhões de assinaturas para a convocação do referendo -a Constituição prevê que 2,4 milhões já bastam. O CNE está verificando a legalidade das firmas coletadas. Chávez afirma que a coleta de assinaturas foi uma megafraude.

EUA
Nos últimos dias, o presidente elevou o tom de seus ataques contra os opositores e contra os EUA, que, segundo ele, tentam derrubá-lo. Para Chávez, o governo do presidente George W. Bush patrocinou o golpe que chegou a retirá-lo do poder por algumas horas em 2002.
Chávez disse ontem sobre os EUA: "Nós não aceitamos interferência externa de nenhuma força estrangeira".
Washington constantemente nega as acusações feitas por Chávez e diz que elas visam desviar a atenção da população venezuelana dos problemas domésticos.
Mas as autoridades americanas têm criticado Chávez por seu estilo de governo e por suas ligações com o regime do ditador cubano, Fidel Castro.


Com agências internacionais


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