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Brasil diz que Irã tem direito, mas deve cooperar
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim,
voltou a defender o direito de o
Irã enriquecer urânio para fins
pacíficos, mas afirmou que o governo iraniano deve se esforçar
para "dissipar qualquer dúvida"
sobre sua experiência com energia nuclear e que deve cooperar
com a Agência Internacional de
Energia Atômica (AIEA).
"Nenhum país pode ser privado
do direito de pesquisar e enriquecer urânio para fins pacíficos, mas
tem de cumprir obrigações e
compromissos internacionais",
disse o chanceler.
"Esse direito é assegurado pelos
tratados internacionais, mas é
preciso honrar seus compromissos. Você tem direito de sacar dinheiro do banco, mas para isso
deve estar em dia com débitos e
crédito", acrescentou.
Amorim defendeu uma solução
pacífica para a tensão gerada pela
desconfiança em torno das atividades nucleares do Irã.
Em fevereiro, o governo brasileiro votou a favor da resolução da
AIEA de levar o caso ao Conselho
de Segurança da ONU. Na ocasião
Amorim disse que o Brasil votaria
a favor porque a resolução garantia o direito do Irã de desenvolver
pesquisas nucleares com fins pacíficos e permitia que o país recuperasse sua credibilidade junto
aos organismos internacionais.
O clima entre os EUA e o Irã ficou mais tenso, após anúncio há
uma semana do presidente do Irã,
Mahmoud Ahmadinejad, de que
completou pela primeira vez o ciclo de enriquecimento de urânio.
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