São Paulo, domingo, 19 de maio de 2002

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Nos EUA, caso abala imagem do presidente

DA REDAÇÃO

A imprensa norte-americana criticou ontem as atitudes da Casa Branca em relação aos avisos, anteriores aos atentados de 11 de setembro, sobre a possibilidade de sequestros de aviões pelo grupo terrorista de Osama bin Laden.
O diário "Washington Post" disse que a imagem de invencibilidade do presidente George W. Bush foi abalada pelas revelações. Democratas perderam o pudor de atacar o governo, e o Legislativo exigiu respostas da Casa Branca e ameaçou iniciar investigações para ver se o governo havia feito o suficiente para proteger a vida dos cidadãos norte-americanos.
Na mesma linha, o "Los Angeles Times" apontou uma rachadura na armadura de Bush. Comparando o caso com o escândalo Watergate, que derrubou o presidente Nixon nos anos 70, o diário diz que volta à tona a mesma pergunta daquela época: o que o presidente sabia?
O "New York Times" adotou uma linha mais cautelosa, trazendo a defesa apresentada pela Casa Branca. Segundo divulgou a Presidência, os relatórios dos serviços de segurança não era baseados em informações específicas de que terroristas estivessem planejando os ataques ao World Trade Center e ao Pentágono.
O jornal "Boston Globe" enfatizou o pedido da oposição democrata ao presidente de entregar ao Congresso os documentos que apontam quais avisos havia recebido em agosto a respeito de possíveis ataques terroristas.
A revista eletrônica "Salon" aponta incompetência, e não conspiração, como a explicação mais plausível para o fracasso do governo em evitar os ataques terroristas. Entretanto vê como conspiração a tentativa da Casa Branca de esconder seus erros.
O jornal "Wall Street Journal" discute a dificuldade do governo em informar sem alarmar, narrando um caso em abril em que informações indicavam possíveis ataques a bancos.



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