DA REDAÇÃO

A Arábia Saudita afirmou que prendeu quatro suspeitos de envolvimento com a série de explosões em Riad, na semana passada, que deixou pelo menos 34 mortos. Eles seriam membros da rede terrorista Al Qaeda.
Caso se comprove a ligação dos detidos com os ataques terroristas, essa seria a primeira prova do envolvimento da Al Qaeda em uma ação contra alvos americanos desde os atentados de 11 de setembro. Questionado se os presos pertenciam à rede terrorista, o ministro do Interior saudita, príncipe Nayef bin Abdul Aziz, afirmou: "Todas indicações levam a essa conclusão".
O ministro acrescentou que 3 dos 9 terroristas suicidas mortos nos ataques tinham ligações com a Al Qaeda. Eles estavam sendo investigados por envolvimento com um carregamento de armas apreendido no país no início deste mês.
Os ataques atingiram complexos residenciais, em Riad, que são habitados por estrangeiros. Oito americanos foram mortos no ataque, ocorrido no dia 12. Após os atentados, os EUA afirmaram que a Arábia Saudita não fez o possível para evitar os ataques.
O ministro do Interior saudita disse ontem que a presença da Al Qaeda dentro das fronteiras do país é um problema para Arábia Saudita "tanto quanto para qualquer outro país".
O Osama bin Laden, líder da rede terrorista, é saudita e se declara inimigo da família real.

Missão
O príncipe saudita Bandar bin Sultan, embaixador da Arábia Saudita em Washington, cancelou ontem a sua presença em programas de TV nos EUA porque precisou partir com emergência em uma missão "ligada à guerra contra o terrorismo".
O governo saudita não deu indicações do local, tampouco detalhes de qual seria a missão do diplomata.