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IRAQUE
Novo premiê não fixa prazos
Tropa italiana deixará Iraque, anuncia Prodi
DA REDAÇÃO
O novo primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, disse ontem
que considera a guerra no Iraque um "erro grave" e voltou a
prometer a retirada as tropas italianas do Iraque.
Prodi disse, no entanto, que seu governo apoia a guerra ao
terror e a participação da Itália em operações antiterrorismo,
desde que sancionadas por organizações internacionais.
"Consideramos a guerra e a ocupação do Iraque um erro grave
que não apenas não resolveu como complicou o problema da
segurança", disse Prodi em seu primeiro discurso no Senado
como premiê. "O terrorismo encontrou nova base e novas
desculpas para ações internas e externas."
Prodi disse em seu discurso que o terrorismo deveria ser
primeiramente combatido em frentes "políticas, sociais e
econômicas" e de maneira que "não limite nossa liberdade nem
nossos direitos".
Como líder da oposição, Prodi foi contrário à Guerra do Iraque e
prometeu em sua campanha que as tropas italianas que
continuam no país seriam retiradas "o mais rápido possível".
O governo anterior, do primeiro-ministro conservador Silvio
Berlusconi, enviou cerca de 3 mil soldados ao Iraque para ajudar
na reconstrução do país após a queda de Saddam Hussein, em
2003 -medida que foi amplamente rejeitada pelos italianos.
O contingente tem sido retirado gradualmente, e a própria
gestão de Berlusconi afirmava que a retirada seria terminada
até o fim deste ano.
Prodi confirmou ontem a intenção de repatriamento, mas não
especificou datas, e disse que a medida dependeria de consulta
às autoridades iraquianas e a outras "partes interessadas".
Segundo o ministro da Defesa da Itália, ainda há cerca de 2.600
soldados do país no Iraque.
Novos ataques
Em Bagdá, quatro soldados americanos e um intérprete iraquiano foram mortos por uma bomba improvisada, ontem. Pelo menos 12 iraquianos também morreram em ataques violentos no
país, enquanto políticos discutem o governo de unidade nacional,
uma coalizão de xiitas, sunitas e curdos.
Em Basra, o chefe da polícia da cidade, o general-de-divisão
Hassan Suwadi, sobreviveu sem ferimentos a uma tentativa de assassinato. Uma bomba explodiu em frente à sua casa, segundo a
polícia, em um incidente que contribui para aumentar a tensão na
segunda maior cidade do país.
Desde o fim do ano passado, a segurança em Basra tem sido
comprometida pela luta entre diferentes grupos xiitas.
A rede de TV árabe Al Jazira exibiu ontem um vídeo divulgado
por um grupo iraquiano de um diplomata dos Emirados Árabes
Unidos, Nadji al Nuaimi, sequestrado em Bagdá na última terça. O
grupo pede o fechamento da embaixada do país no Iraque.
Com agências internacionais
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