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ORIENTE MÉDIO
Israel libera impostos
Delegacia palestina é atacada pelo Hamas
DA REDAÇÃO
Policiais palestinos e membros
da nova força de segurança do
Hamas entraram em choque ontem na faixa de Gaza, no primeiro
confronto desde que o grupo terrorista instituiu uma força de segurança paralela, desafiando o
poder do presidente palestino,
Mahmoud Abbas. Pelo menos
três pessoas ficaram feridas na
troca de tiros.
O confronto instalou o terror
nas vizinhanças próximas, de onde moradores tiveram de fugir.
Segundo testemunhas, o tiroteio
teve início quando a milícia do
Hamas cercou a principal delegacia de polícia de Gaza.
A formação do efetivo policial
do Hamas, de 3.000 homens,
apresentada anteontem em Gaza,
foi o último sinal de desagregação
do poder palestino. Em resposta,
Abbas destacou uma unidade policial fiel ao Fatah, seu partido. A
tensão doméstica, que instalou
um espectro de guerra civil nos
territórios palestinos, se agravou
após a vitória do Hamas nas eleições de janeiro.
O governo de Israel anunciou
ontem que parte dos impostos
que recolhe em nome da Autoridade Nacional Palestina (ANP)
será liberada por meio do mecanismo criado na semana passada
pelo Quarteto de mediadores internacionais (União Européia,
EUA, ONU e Rússia). O objetivo
imediato é evitar o colapso dos
sistema de saúde palestino.
O dinheiro será transferido diretamente para instituições médicas palestinas e poderá ser usado
para pagar os salários dos profissionais, que está atrasado há mais
de dois meses. Pelo acordo firmado pelo Quarteto, a ajuda financeira seria encaminhada para ajuda humanitária, sem passar pelo
governo palestino, controlado pelo grupo terrorista Hamas.
O mecanismo de ajuda estará
submetido a uma auditoria independente, mas não está claro como o dinheiro liberado será usado. Um funcionário do governo
israelense disse ao jornal "Haaretz" que os salários de médicos e
enfermeiras podem ser pagos,
contanto que o dinheiro não passe pelo Hamas. Mas um porta-voz
do premiê Ehud Olmert, David
Baker, disse que qualquer profissional apontado pelo Hamas estaria impedido de receber.
"Israel não concorda em transferir o dinheiro dos impostos para
pagar os salários de médicos, enfermeiras e outros profissionais
de saúde", disse Baker. Na semana passada a chanceler Tsipi Livni
dissera que o dinheiro não poderia ser usado para os salários.
Com agências internacionais
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