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DIVERSÃO
Prédio abriga a poltrona do capitão Kirk e o carro policial do filme "Blade Runner", entre outras atrações
Seattle abre museu para fanáticos por ficção científica
REED STEVENSON
DA REUTERS, EM SEATTLE
Conhecidos por se reunir em
convenções, em feiras de livros e
na internet, os fãs da ficção científica ganharam seu reduto: o primeiro museu dedicado à literatura e aos filmes sobre ciência, tecnologia e o desconhecido.
Fundado por Paul Allen, co-criador da Microsoft, o Museu e
Hall da Fama da Ficção Científica
abriu suas portas ontem, em Seattle (Costa Oeste dos EUA), com
uma área de 1.208 m2 que abriga
diversos artefatos das coleções de
Allen, além de outros doados ou
cedidos temporariamente.
Estão expostos a poltrona do capitão Kirk em "Jornada nas Estrelas", a primeira edição de "A Máquina do Tempo", de H.G. Wells,
e vários itens "high-tech" que visam atrair os visitantes para o
mundo dos vôos espaciais, das
viagens no tempo e dos seres extraterrestres.
"O público vai adorar", disse a
diretora do museu, Donna Shirley, ex-diretora do programa de
exploração de Marte da Nasa. Ela
prevê que o museu vá atrair entre
150 mil e 200 mil visitantes ao ano.
Quatro seções -"Homeworld"
(mundo do lar), "Fantastic Voyages" (viagens fantásticas), ""Brave
New Worlds" (admiráveis mundos novos) e "Them!" (eles!)- levam o visitante a peças raras de
ficção científica, tais como um
conjunto de primeiras edições autografadas da trilogia "Foundation", de Isaac Asimov, e uma
grande coleção de revistas como
"Astounding Science Fiction"
(surpreendente ficção científica).
Objetos de filmes e programas
de TV sobre ficção científica estão
por toda parte no museu, incluindo artefatos grandes como o veículo policial de "Blade Runner" e
um modelo de 5,8 metros de altura do monstro de "Alien".
O museu está abrigado em uma
ala do Experience Music Project,
um museu de rock inspirado em
Jimi Hendrix que ocupa um edifício eclético desenhado pelo arquiteto Frank Gehry.
Avião no espaço
Greg Bear, presidente do conselho de assessoria do museu, disse
que Seattle, sua cidade natal, é o
lugar perfeito para abrigar um
museu dedicado à ficção científica. "Seattle é a própria cidade da
ficção científica", disse ele, "já que
tantas pessoas influentes daqui
são fãs e leitoras do gênero."
Alguns artefatos expostos no
museu destacam os riscos que a
ciência e a tecnologia podem representar para a sociedade. A inspiração veio do livro "Fahrenheit
451", de Ray Bradbury, e do filme
"THX 1138", que o diretor George
Lucas fez em 1971.
Aficionado por tecnologia e ficção científica, Paul Allen doou
US$ 20 milhões ao museu. Ele está
financiando um projeto para enviar um avião-foguete tripulado
para além das camadas superiores da atmosfera terrestre, no que
será o primeiro vôo espacial do
mundo financiado com dinheiro
privado. Intitulado SpaceShipOne, o projeto fará sua primeira
tentativa de decolagem no dia 21,
enviando o avião a uma altitude
de 100 km no espaço suborbital.
Tradução de Clara Allain
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