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GUERRA SEM LIMITES
Teerã nega elo com o 11 de Setembro
Novos indícios ligam o Irã à Al Qaeda, para autoridades dos EUA
DA REDAÇÃO
Oito dos terroristas que realizaram os atentados ocorridos em 11
de setembro de 2001 passaram pelo Irã antes de atacarem os EUA,
mas não há sinais de que houve
cumplicidade do governo iraniano, segundo disse ontem o diretor
interino da CIA (agência de inteligência), John McLaughlin.
Além disso, de acordo com o
"New York Times", o relatório final da comissão parlamentar que
investiga o 11 de Setembro mostrará novos indícios de cooperação entre o Irã e a rede terrorista
Al Qaeda, que foi responsável pelos ataques aos EUA.
Eles incluiriam informações retiradas de relatórios da CIA segundo as quais o Irã permitiu que
os terroristas passassem por seu
território com segurança antes
dos atentados, segundo funcionários do governo americano ouvidos pelo diário nova-iorquino.
Estes ressaltaram, porém, que a
comissão que investiga o 11 de Setembro não tem indícios de que o
governo iraniano conhecia o plano terrorista de realizar atentados
contra alvos situados nos EUA.
Em resposta, o governo iraniano disse que alguns membros da
Al Qaeda podem ter passado ilegalmente pelo território iraniano
antes do 11 de Setembro.
De acordo com Hamid Reza
Asefi, porta-voz da Chancelaria
iraniana, os terroristas podem ter
passado pelo Irã, pois vinham do
Afeganistão, país em que havia locais de treinamento da Al Qaeda.
Asefi negou, porém, as "invenções" americanas de que Teerã
pode ter facilitado os ataques de
2001 ao permitir que terroristas
usassem seu território.
"É possível que cinco ou seis
pessoas tenham atravessado a
fronteira em alguns meses sem
que tivéssemos conhecimento
disso. Nossas fronteiras são longas, e não é possível controlá-las
totalmente", afirmou Asefi.
De acordo com autoridades iranianas, a tentativa de ligar o país à
rede terrorista liderada por Osama bin Laden não passa de "propaganda" típica de um ano eleitoral. A eleição presidencial americana ocorre em novembro.
O ministro iraniano dos Serviços de Inteligência, Ali Yunesi,
afirmou que o país conseguira
desmantelar "todas as ramificações da Al Qaeda" existentes em
seu território, segundo informação divulgada anteontem pela TV
estatal. "Impedimos as ações terroristas da rede Al Qaeda e, caso
não o tivéssemos feito, teríamos
enfrentado sérios problemas em
questões de segurança", acrescentou Yunesi.
McLaughlin disse ainda ser contrário à criação de um superministro da Inteligência, que centralizaria todas as informações dos
serviços de inteligência dos EUA.
A comissão que investiga o 11 de
Setembro deverá, em seu relatório final, sugerir a criação do cargo, segundo a mídia americana.
Com agências internacionais
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