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53% estão detidos por
crimes não-violentos
DE WASHINGTON
Em torno de 53% de todos os
detentos americanos estão hoje
presos no país por crimes considerados não-violentos. Ao mesmo tempo, a Justiça americana
tem aumentado gradativamente a
extensão das penas e diminuído
as brechas na lei para recursos de
pessoas condenadas.
Proporcionalmente, os EUA só
perdem para Rússia e Ruanda no
número de cidadãos encarcerados. A relação entre o número de
presos por 100 mil habitantes dobrou na última década.
Segundo a Humans Rights
Watch, a superlotação nas penitenciárias públicas tem estimulado a "indústria do encarceramento" nos EUA. Dos 2,1 milhões de
presos, mais de 100 mil estão hoje
em 142 penitenciárias privadas.
Segundo a Humans Rights
Watch, "muitas dessas instituições operam com um controle
público insuficiente, permitindo
condições de encarceramento
abaixo do considerado padrão".
O custo estimado para cada nova cela nos EUA é de cerca de US$
100 mil (R$ 300 mil). Segundo a
visão de alguns ativistas da área
de direitos humanos, o valor é um
estímulo para perpetuar contratos de construção de novas unidades penitenciárias.
Segundo Rose Braz, diretora da
Critical Resistance, uma entidade
da Califórnia contrária à expansão das prisões nos EUA, alguns
Estados vêm adotando iniciativas
para reduzir o ritmo de construção de novas penitenciárias. "São
uma minoria", afirma.
Dos 50 Estados americanos, 17
registaram um aumento de mais
de 5% em sua população carcerária no último ano.
(FCz)
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