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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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53% estão detidos por crimes não-violentos

DE WASHINGTON

Em torno de 53% de todos os detentos americanos estão hoje presos no país por crimes considerados não-violentos. Ao mesmo tempo, a Justiça americana tem aumentado gradativamente a extensão das penas e diminuído as brechas na lei para recursos de pessoas condenadas.
Proporcionalmente, os EUA só perdem para Rússia e Ruanda no número de cidadãos encarcerados. A relação entre o número de presos por 100 mil habitantes dobrou na última década.
Segundo a Humans Rights Watch, a superlotação nas penitenciárias públicas tem estimulado a "indústria do encarceramento" nos EUA. Dos 2,1 milhões de presos, mais de 100 mil estão hoje em 142 penitenciárias privadas.
Segundo a Humans Rights Watch, "muitas dessas instituições operam com um controle público insuficiente, permitindo condições de encarceramento abaixo do considerado padrão".
O custo estimado para cada nova cela nos EUA é de cerca de US$ 100 mil (R$ 300 mil). Segundo a visão de alguns ativistas da área de direitos humanos, o valor é um estímulo para perpetuar contratos de construção de novas unidades penitenciárias.
Segundo Rose Braz, diretora da Critical Resistance, uma entidade da Califórnia contrária à expansão das prisões nos EUA, alguns Estados vêm adotando iniciativas para reduzir o ritmo de construção de novas penitenciárias. "São uma minoria", afirma.
Dos 50 Estados americanos, 17 registaram um aumento de mais de 5% em sua população carcerária no último ano. (FCz)


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