São Paulo, domingo, 19 de dezembro de 2010

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WIKILEAKS

Raúl fez pedido de "linha direta" para se aproximar de Washington

DE SÃO PAULO - O ditador cubano, Raúl Castro, pediu uma "linha direta" de comunicação com Washington no fim de 2009, segundo papéis da diplomacia americana revelados pelo WikiLeaks. De acordo com os documentos, ele considera que o diálogo constante seria a única maneira de "tomar atitudes que se adequem aos interesses americanos".
Desde que assumiu definitivamente o lugar de Fidel, em 2008, Raúl mostrou algumas vezes abertura ao diálogo com os EUA. Mas prefere fazê-lo em sigilo, relatam os telegramas.
O WikiLeaks também revelou que o governo de Cuba teria vetado a exibição do documentário "Sicko", de Michael Moore -que ataca duramente o sistema de saúde dos EUA-, por temer um efeito bumerangue junto à população. Havana avaliou que o filme pintava um cenário favorável demais ao sistema de saúde da ilha.
Quando a película foi mostrada a funcionários cubanos da representação diplomática dos EUA, alguns "se mostraram tão indignados com a clara tergiversação que se fazia da realidade da saúde na ilha que deixaram a sala de projeção", dizem os documentos.
Na noite de sexta-feira, o Bank of America anunciou que não atenderá mais o WikiLeaks. O banco disse que segue decisões já tomadas por Mastercard, PayPal e Visa, mas não apresentou justificativa. Nos dias seguintes ao anúncio de medidas contra o WikiLeaks, os sites das operadoras de cartão de crédito foram atacados por hackers.


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