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ÁSIA
Tentativa de assassinato acontece na véspera da eleição presidencial e do referendo sobre as relações da ilha com a China
Presidente de Taiwan é alvo de atentado
DA REDAÇÃO
O presidente de Taiwan, Chen
Shui-bian, e a vice-presidente Annette Lu sofreram ontem uma
tentativa de assassinato, na véspera da eleição em que concorrem a
novo mandato e de um referendo
sobre as relações da ilha com a
China. Chen e Lu foram atingidos
por tiros, mas passam bem.
O atentado aconteceu durante
um evento de campanha na cidade natal de Chen, Tainan. Nenhum suspeito foi preso e ninguém reivindicou a autoria do crime. "As balas vieram de direções
diferentes. Pode ser que não tenha
sido apenas um atirador", disse
Liu Shih-lin, da Polícia Nacional.
Chen, 53, foi alvejado na barriga
enquanto estava de pé em um carro conversível cercado por simpatizantes. Cinco horas após ter sido
atingido, já estava de volta a Taipé, a capital.
Os médicos disseram que o ferimento não causou danos a órgãos
internos -a bala fez um corte de
11 cm de comprimento por 2 cm
de profundidade. A vice-presidente, que estava do lado, foi atingida de raspão no joelho direito.
Horas após o ataque, a TV exibiu uma mensagem gravada do
presidente. "Graças aos médicos,
não há nenhum problema com A-bian", disse Chen, referindo-se a
si mesmo com o apelido pelo qual
é conhecido. "Não há nenhum
problema com a segurança de
Taiwan. Por favor, fiquem calmos."
Autoridades eleitorais afirmaram que a votação não será adiada, apesar do ataque -o primeiro do tipo contra um presidente
taiwanês. Chen, no entanto, sustenta que, em 1985, o atropelamento de sua mulher, Wu Shu-chen, foi uma tentativa de assassinato e que o Partido Nacionalista
estava envolvido. Um veículo de
grande porte passou sobre seu
corpo três vezes, deixando-a paralisada da cintura para baixo.
Lien condenou o ataque e fez
uma visita à Chen na residência
oficial do presidente. "Desejamos
uma rápida recuperação e o presenteamos com uma caixa de ginseng", disse o rival. O oposicionista Partido Nacionalista (Kuomintang) ofereceu recompensa de
US$ 300 mil pela captura dos
agressores. Já a polícia prometeu
US$ 90 mil por informações que
levem aos culpados.
Na China, a notícia do atentado
demorou seis horas para ser
transmitida à população. Segundo o editor de um portal de notícias, que não quis se identificar, os
veículos de comunicação chineses
receberam ordem para não noticiar imediatamente o fato.
Com agências internacionais
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