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Agenda mostra Hillary ausente de decisões do governo Clinton
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
As 11 mil páginas da agenda
de primeira-dama de Hillary
Clinton estão assombrando a
hoje candidata democrata à
Presidência dos EUA, com diversos indícios de que ela não
participava tão de perto das
grandes decisões de Washington na gestão do marido, Bill
Clinton, como costuma dizer.
Divulgado pelo Arquivo Nacional, o caderno de compromissos atinge Hillary no ponto
que ela diz ser seu principal diferencial sobre o rival Barack
Obama: sua propalada "experiência" na tomada de decisões.
Em 24 de março de 1999, por
exemplo, a Otan (aliança militar ocidental) bombardeava a
então Iugoslávia. A então primeira-dama estava naquele dia
longe das decisões do Salão
Oval: no Egito, a turismo.
Outra página: 17 de novembro de 1993. Clinton consegue a
aprovação no congresso do
Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte).
Hillary estava em encontros
com mulheres de políticos.
A lista de jantares, festas e
passeios em datas de grande
importância ajudam a desconstruir a imagem de Hillary, mas
experiência é um ponto polêmico da plataforma dos três
candidatos à Casa Branca. Ela,
Obama e o republicano John
McCain nunca ocuparam cargo
executivo em suas carreiras.
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