DA REDAÇÃO

Chantal Sébire, a francesa de 52 anos que possuía um tumor incurável e teve o direito à eutanásia negado pela Justiça, foi encontrada morta em sua casa, informou o ministério do Interior.
A causa da morte "é indeterminada até o momento", afirmou à France Presse uma fonte do ministério.
Ex-professora e mãe de três filhos, Sébire possuía um tumor raro e degenerativo, que só teve 200 casos registrados no mundo em 20 anos. Trata-se de uma doença incurável que atinge a cavidade nasal e avança para o cérebro, produzindo dores atrozes.
Sébire tinha pedido à Justiça para ser submetida à eutanásia, alegando "sofrimento permanente". Ela também escreveu apelo ao presidente francês, Nicolas Sarkozy.
A solicitação de Sébire foi a primeira na França e levantou amplo debate sobre a eutanásia. Após sua morte ontem, o governo encomendou um estudo sobre lacunas da legislação. O chanceler e médico de formação, Bernard Kouchner, defendeu anteontem que a eutanásia fosse concedida a Sébire para que ela não se suicidasse "na clandestinidade".