São Paulo, quarta-feira, 20 de abril de 2005

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REPERCUSSÃO

LUIZ MOTT, antropólogo, fundador do GGB (Grupo Gay da Bahia):
"Os gays brasileiros estão em choque. Depois da eleição de Severino Cavalcanti na Câmara dos Deputados, a eleição do teólogo mais intolerante e anti-homossexual na história recente da igreja nos leva a duas conclusões: ou o Espírito Santo está caduco ou seremos beneficiados com a lógica do "quanto pior, melhor". Se ele mantiver a mesma atitude homofóbica, os setores progressistas da igreja tomarão a defesa dos homossexuais".

FÁTIMA DE OLIVEIRA, presidente da Rede Feminista de Saúde:
"A igreja mostrou de forma inequívoca que o seu caminho é o conservadorismo. Lamentamos que a escolha tenha sido de um papa que, na juventude, esteve ligado ao nazismo e que se contrapõe aos direitos das mulheres, dos gays, enfim, dos direitos humanos".

ROBERTO PEREIRA, presidente do Cedus (Centro de Educação Sexual):
"O mundo passa por uma fase conservadora. Há pressão dos EUA, dos países islâmicos e agora do Vaticano. O sucessor de João Paulo 2º poderia vir para se opor ao conservadorismo, mas acho que isso não deverá acontecer. A eleição de Ratzinger não será benéfica para o combate da epidemia de Aids".

LOURENÇO STELIO REGA, diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo:
"Imagino uma continuidade dos processos de regulação da Igreja Católica, não deixando que a significação parta do indivíduo, mas a partir dela [igreja] mesma. A eleição do cardeal Ratzinger reafirma que é da igreja que se tem que partir para ter o significado da religião".


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