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Segundo Blair, Iraque
terá plena soberania
DA REDAÇÃO
O premiê britânico, Tony Blair,
disse ontem que o colegiado iraquiano que governará o país a
partir de 30 de junho exercerá "a
soberania plena" e terá poderes
sobre o petróleo e prisões locais.
A declaração foi feita um dia
após a Itália, um dos maiores aliados da coalizão liderada pelos
EUA no Iraque, defender que fosse dado "poder real" aos iraquianos após 30 de junho.
O premiê italiano, Silvio Berlusconi, reuniu-se ontem com o presidente George W. Bush, em Washington, para discutir a transferência de soberania. Os dois líderes teriam concordado sobre a necessidade de aprovação de uma
nova resolução da ONU.
Em debate no Parlamento britânico, Blair foi bem mais enfático
do que seus aliados americanos
sobre a amplitude da soberania
iraquiana. Recentemente, o secretário de Estado, Colin Powell, disse que o futuro governo iraquiano
deveria "aceitar certos limites".
Os EUA querem controlar os recursos do Fundo para o Desenvolvimento do Iraque, criado no
ano passado pela ONU com o dinheiro da exportação de petróleo.
A transferência do poder a 30 de
junho tem por base, segundo analistas, o calendário eleitoral americano, pois permitiria ao presidente George W. Bush responsabilizar os iraquianos por eventuais acontecimentos no Iraque
que possam ter efeitos negativos
em sua campanha.
A sessão de argüição de Blair na
Câmara dos Comuns ontem foi
interrompida por 70 minutos
após a bancada do Partido Trabalhista, onde se encontrava o premiê, ter sido atingida por um preservativo contendo um pó roxo,
segundo o "The Independent".
O plenário foi esvaziado, e especialistas em segurança foram
acionados devido ao temor de um
ataque terrorista. Mas foi constatado que o pó era uma mistura de
farinha de milho com corante.
O pó foi atirado por Ron Davies,
44, da "Pais pela Justiça", entidade formada contra a custódia dos
filhos às mães após o divórcio.
Com agências internacionais
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