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Hillary se soma à pressão sobre Netanyahu
ANDREA MURTA
DE NOVA YORK
O presidente Barack Obama
não foi o único a pressionar o
premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, pela criação do Estado
palestino na visita deste a Washington. A posição foi reiterada
pela secretária de Estado dos
EUA em jantar anteontem, segundo a própria Hillary Clinton
afirmou ontem à imprensa.
"Estamos comprometidos
com a solução de dois Estados,
e os palestinos merecem um
Estado viável", disse Hillary em
entrevista coletiva em Washington. "O presidente Obama
foi muito claro ao dizer que os
assentamentos [de colonos israelenses na Cisjordânia] têm
que parar."
A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre se desta vez o pedido para o fim dos
assentamentos seria atendido,
algo que os EUA veem como
necessário para as discussões
para a criação do Estado palestino. A solução de dois Estados
norteia a política americana
para a paz no Oriente Médio
desde os acordos de Oslo
(1993), e foi repetida ao premiê
israelense durante a primeira
reunião que ele teve com Obama após sua chegada ao poder.
Netanyahu resiste à criação de
um Estado palestino.
Hillary também abordou o
Irã na entrevista. Na segunda,
Obama sugeriu que Teerã tem
até o final do ano para mostrar
frutos de sua política de aproximação diplomática; ontem, a
secretária de Estado listou a
nova abordagem como um dos
objetivos que o governo já alcançou no começo de mandato.
"Estamos usando todas as ferramentas para falar com o Irã."
Ela não quis se comprometer
com os planos sobre o escudo
antimísseis que o governo anterior pretendia implantar na
República Tcheca e na Polônia
para defesa contra um potencial ataque iraniano. "Estamos
revisando a questão da defesa
antimísseis. (...) Mas levamos
muito a sério o compromisso
de defender nossos aliados na
Otan [aliança militar ocidental]
e faremos o necessário para
honrá-lo."
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