São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Hillary se soma à pressão sobre Netanyahu

ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

O presidente Barack Obama não foi o único a pressionar o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, pela criação do Estado palestino na visita deste a Washington. A posição foi reiterada pela secretária de Estado dos EUA em jantar anteontem, segundo a própria Hillary Clinton afirmou ontem à imprensa.
"Estamos comprometidos com a solução de dois Estados, e os palestinos merecem um Estado viável", disse Hillary em entrevista coletiva em Washington. "O presidente Obama foi muito claro ao dizer que os assentamentos [de colonos israelenses na Cisjordânia] têm que parar."
A declaração veio em resposta a uma pergunta sobre se desta vez o pedido para o fim dos assentamentos seria atendido, algo que os EUA veem como necessário para as discussões para a criação do Estado palestino. A solução de dois Estados norteia a política americana para a paz no Oriente Médio desde os acordos de Oslo (1993), e foi repetida ao premiê israelense durante a primeira reunião que ele teve com Obama após sua chegada ao poder. Netanyahu resiste à criação de um Estado palestino.
Hillary também abordou o Irã na entrevista. Na segunda, Obama sugeriu que Teerã tem até o final do ano para mostrar frutos de sua política de aproximação diplomática; ontem, a secretária de Estado listou a nova abordagem como um dos objetivos que o governo já alcançou no começo de mandato. "Estamos usando todas as ferramentas para falar com o Irã."
Ela não quis se comprometer com os planos sobre o escudo antimísseis que o governo anterior pretendia implantar na República Tcheca e na Polônia para defesa contra um potencial ataque iraniano. "Estamos revisando a questão da defesa antimísseis. (...) Mas levamos muito a sério o compromisso de defender nossos aliados na Otan [aliança militar ocidental] e faremos o necessário para honrá-lo."


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