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Jiang dá apoio a Bush com ressalvas
DA REDAÇÃO
No primeiro encontro entre os
presidentes dos EUA, George W.
Bush, e da China, Jiang Zemin, o
dirigente chinês reiterou sua disposição de cooperar com os americanos na ofensiva contra o terrorismo. Tornou a ressalvar, porém, que as ações militares devem
ter alvos "claramente definidos",
sem pôr em risco a vida de civis.
Bush está na China desde anteontem, para participar do encontro da Apec (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), neste final de semana. É a primeira viagem do presidente americano ao exterior desde os ataques de 11 de setembro.
Amanhã, Bush se reunirá com o
presidente russo, Vladimir Putin.
Existe a expectativa de que eles
discutam um novo acordo de redução de armas nucleares.
"Lado a lado"
Em entrevista após o encontro,
Bush afirmou que o país asiático
concordara em cooperar na área
de inteligência e em impedir o financiamento de grupos terroristas.
Bush declarou que Pequim está
"lado a lado" com os americanos
no que se refere ao ataque ao Afeganistão.
Jiang Zemin, por sua vez, disse
que havia deixado claro aos EUA
que a China se opunha ao terrorismo em todas as suas formas. O
presidente chinês afirmou, no entanto, que as ações militares dos
EUA devem ter alvos definidos e
respaldo da ONU.
Em sua reunião com Jiang, Bush
não fez menção ao controvertido
tema da violação de direitos humanos na China, frequente objeto
de atrito entre os dois países. Mas
afirmou que a cruzada contra o
terrorismo nunca poderá servir
de "desculpa" para a perseguição
a minorias.
Longo prazo
Bush repetiu várias vezes que
EUA e China vêem da mesma maneira "a magnitude da ameaça
que representa o terrorismo internacional". Os EUA consideram
fundamental garantir o apoio da
China, que sempre resistiu à ação
militar norte-americana na Ásia.
Mais tarde, Bush afirmou que
tem obtido amplo apoio internacional em sua ofensiva.
"Estou confiante de que conseguimos amplo apoio com os líderes presentes aqui em Xangai",
disse, durante encontro com o
presidente sul-coreano, Kim Dae-jung, antigo aliado dos EUA.
"Posso dizer que estamos perto de
um apoio quase unânime não
apenas para nossa atual ofensiva,
como para toda a estratégia de
longo prazo."
Em Xangai, o presidente dos
EUA vai encontrar a resistência
da Malásia, que se opõe aos ataques contra o Afeganistão. Será
hoje seu encontro com o premiê
malasiano, Mahathir Mohamad.
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