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Trotes atrapalham pesquisa de Aids
DA SUCURSAL DO RIO
e DA REPORTAGEM LOCAL
O pânico causado pelo antraz
interrompeu uma pesquisa sobre
Aids e leucemia na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que custa
US$ 20 mil por mês ao Ministério
da Saúde. O laboratório carioca
está analisando correspondências
suspeitas de conter a bactéria.
Desde domingo, a Fiocruz recebeu 24 amostras suspeitas. Todos
os exames deram negativo.
O Laboratório de Retrovírus,
onde estão sendo feitas essas análises, acompanha o tratamento de
180 gestantes e bebês portadores
dos vírus HIV e HTLV, atendidos
por um hospital ligado à Fiocruz.
"A paralisação das pesquisas
pode provocar o agravamento do
quadro desses pacientes", advertiu o pesquisador José Pascoal Simonetti, chefe do laboratório.
Em São Paulo, o Instituto Biológico informou que o resultado de
14 novos exames deu negativo.
Ontem, o Corpo de Bombeiros
atendeu três casos de pessoas que
receberam cartas contendo pó
branco dentro do envelope. Dois
casos ocorreram em empresas na
zona oeste da capital.
O Instituto Biológico ainda está
analisando o resultado de 14 exames. A diretora da instituição, Vera Cecília Annes Ferreira, informou ter deslocado pesquisadores
das áreas de tuberculose e brucelose para examinar as cartas. No
entanto, ela diz que a trabalho das
outras áreas não será prejudicado.
Nos últimos três dias, o instituto
gastou cerca de R$ 7.300 (entre
material de consumo e salários)
para realizar 33 exames. O Corpo
de Bombeiros contabilizou os
custos em R$ 7.590 para atender o
mesmo número de chamados.
A empresa Nacional Transportes Aéreos entrou ontem na Justiça, em São Paulo, solicitando a liberação de uma aeronave retida
anteontem no aeroporto de São
Luiz depois que funcionários da
limpeza encontraram pó branco
embaixo de uma poltrona.
No Rio, a Polícia Civil divulgou
o retrato falado do homem que teria deixado a mochila com a bomba que explodiu em uma loja do
McDonald"s, na madrugada de
anteontem. Mais dois homens teriam participado do ataque.
A polícia investiga a participação desconhecida "Organização
Libertária Nacional", que reivindicou o ataque.
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