São Paulo, sexta-feira, 20 de novembro de 2009

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Escolhido para cargo tem fama de conciliador

DE GENEBRA

Esguio e sereno, de olhar atento, Herman Van Rompuy é um homem cuja discrição poderia fazer com que passasse despercebido em círculos que se pautam por egos bem maiores.
O político flamengo de centro-direita, 62, ascendeu ao governo há 11 meses após trabalhar um ano como conciliador nacional, incumbido pelo rei Alberto 2º de evitar que o país, divivido entre valões e flamengos, ruísse.
Fez o trabalho que dois de seus predecessores imediatos não conseguiram e ganhou fama de conciliador, o que lhe serviu de trunfo na busca de consenso entre os 27 países da União Europeia.
Van Rompuy começou na política em 1973 como vice-presidente da ala jovem do Partido Popular Cristão. Casado e pai de quatro filhos, formou-se em filosofia e é mestre em economia. Trabalhou no Banco Central e no gabinete do premiê.
Conservador a ponto de agradar a direita centro-europeia, mas sem ser linha-dura para alienar os socialistas, o belga tem visões pouco controversas. A exceção é sua posição contra a adesão da Turquia à UE, que voltou à tona ontem quando o jornal "Financial Times" resgatou discurso seu de 2004.
Nele, Van Rompuy evocava os valores fundamentais do cristianismo, que para ele perderiam força com a entrada de um membro islâmico. O tema pode fazê-lo trombar com países favoráveis à adesão turca. Mas certamente não com os motores da UE, França e Alemanha.


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