São Paulo, sexta-feira, 20 de novembro de 2009

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ATAQUE TERRORISTA

Ofensiva atribuída ao Taleban deixa 21 mortos no Paquistão

DA REDAÇÃO

A explosão de um homem-bomba em frente a um tribunal de Peshawar deixou 19 mortos ontem. Menos de 24 horas depois, um carro policial foi alvo de bomba também em Peshawar, e mais duas pessoas morreram, no oitavo atentado terrorista em menos de duas semanas na cidade e arredores.
Os ataques -que desde outubro mataram 80 pessoas em Peshawar e mais de 400 em todo o Paquistão-, apesar de não terem sido reivindicados, são vistos como resposta do Taleban à ofensiva do Exército paquistanês em zonas dominadas pelo grupo.
A campanha militar, iniciada em outubro no Waziristão do Sul -região próxima à fronteira afegã-, matou 552 insurgentes (segundo autoridades) e permitiu ao Exército retomar aldeias sob o controle do Taleban. Em contrapartida, os militantes prometeram revidar.
O Taleban paquistanês continuará a lutar "até que [o Paquistão] deixe de agir a mando dos EUA", disse ontem um porta-voz dos insurgentes, Azam Tariq. Ele negou que os atentados do grupo tenham alvos civis e alegou que o governo culpa o Taleban -que por sua vez é dividido em diversas facções, nem sempre de reivindicações idênticas- com "objetivos políticos".
Os EUA apoiam a campanha militar contra o Taleban -vista como essencial para uma vitória na guerra afegã- e pressionam o Paquistão por ação mais forte em zonas onde o Estado é ausente, na fronteira com o Afeganistão.
O noroeste do Paquistão, que tem Peshawar como maior cidade, tem sido o principal alvo dos terroristas. Um comerciante local disse à Associated Press que a cidade é "como um forte sob ataque". O premiê paquistanês, Yousuf Raza Gilani, disse que "vai levar um tempo, mas asseguro que as coisas voltarão ao normal".


Com agências internacionais


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