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ATAQUE TERRORISTA
Ofensiva atribuída ao Taleban deixa 21 mortos no Paquistão
DA REDAÇÃO
A explosão de um homem-bomba em frente a um tribunal de Peshawar deixou 19
mortos ontem. Menos de 24
horas depois, um carro policial foi alvo de bomba também em Peshawar, e mais
duas pessoas morreram, no
oitavo atentado terrorista
em menos de duas semanas
na cidade e arredores.
Os ataques -que desde outubro mataram 80 pessoas
em Peshawar e mais de 400
em todo o Paquistão-, apesar de não terem sido reivindicados, são vistos como resposta do Taleban à ofensiva
do Exército paquistanês em
zonas dominadas pelo grupo.
A campanha militar, iniciada em outubro no Waziristão do Sul -região próxima à fronteira afegã-, matou 552 insurgentes (segundo autoridades) e permitiu
ao Exército retomar aldeias
sob o controle do Taleban.
Em contrapartida, os militantes prometeram revidar.
O Taleban paquistanês
continuará a lutar "até que [o
Paquistão] deixe de agir a
mando dos EUA", disse ontem um porta-voz dos insurgentes, Azam Tariq. Ele negou que os atentados do grupo tenham alvos civis e alegou que o governo culpa o
Taleban -que por sua vez é
dividido em diversas facções,
nem sempre de reivindicações idênticas- com "objetivos políticos".
Os EUA apoiam a campanha militar contra o Taleban
-vista como essencial para
uma vitória na guerra afegã-
e pressionam o Paquistão
por ação mais forte em zonas
onde o Estado é ausente, na
fronteira com o Afeganistão.
O noroeste do Paquistão,
que tem Peshawar como
maior cidade, tem sido o
principal alvo dos terroristas. Um comerciante local
disse à Associated Press que
a cidade é "como um forte
sob ataque". O premiê paquistanês, Yousuf Raza Gilani, disse que "vai levar um
tempo, mas asseguro que as
coisas voltarão ao normal".
Com agências internacionais
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