São Paulo, sábado, 21 de janeiro de 2006

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Embraer nega falta de ética em viagem

DE WASHINGTON

A Embraer informou ontem que não cometeu falta ética quando acomodou a viagem de seis congressistas americanos à sua fábrica em São José dos Campos e incluiu seu lobista na comitiva. O preço da visita, uma das mais caras de parlamentares dos EUA em 2005, foi justificado pelo Instituto de Liderança Econômica Congressista pelo uso de classe executiva nos vôos. A Embraer negou ter pago a viagem, mas admitiu que financia o instituto.
Segundo nota da empresa, viagens como essa oferecem uma "oportunidade" para que parlamentares de outros países "construam relações com líderes estrangeiros e representantes de empresas, troquem opiniões sobre questões internacionais e bilaterais e obtenham em primeira mão uma visão sobre indústrias americanas e importantes economias no exterior".
O deputado Michael Capuano apresentou um total de US$ 19,4 mil ao Congresso como o valor de sua visita ao Brasil no final de novembro. A cifra situa a viagem como a 14ª mais cara do ano.
Doug Oliver, gerente de comunicação corporativa da Embraer nos EUA, disse que o instituto atende às normas éticas estabelecidas pelo Congresso e que lobistas de outras empresas, como a Boeing, integraram a comitiva.
Para David Klaus, CEO do instituto, houve uma má interpretação dos propósitos da viagem. Ele tem a intenção de tornar a visita uma atividade anual para alguns congressistas. (IURI DANTAS)


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