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Criação de nova entidade regional é prioridade de cúpula
Nos bastidores do encontro, Brasil e México disputam o nome do organismo que reunirá todos os países da OEA exceto EUA e Canadá
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A CANCÚN (MÉXICO)
Cercados de turistas e empreendimentos americanos e
de letreiros em inglês, chefes de
Estado e representantes de 32
países se reúnem na região de
Cancún a partir de amanhã para formalizar a criação de uma
entidade regional sem a presença de Canadá e EUA.
O novo órgão deve fundir a
Calc (Cúpula da Unidade da
América Latina e do Caribe),
cuja primeira reunião ocorreu
em 2008, na Bahia, com o Grupo do Rio, outra iniciativa criada no Brasil, em 1986.
Com 33 países, a Calc foi convocada pela primeira vez já
com a ideia de formalizar uma
"OEA sem EUA e Canadá". O
Grupo do Rio, com 22 integrantes, não tem burocracia e adota
resoluções por consenso, em
temas de caráter político.
Representante brasileiro nas
negociações preliminares, o
subsecretário-Geral da América do Sul, Antonio Simões, disse que a formalização da entidade não será imediata e que
ainda não foi decidido sequer
se haverá uma sede ou se será
criada uma burocracia.
"Há uma intenção muito forte de criar essa entidade, há a
ideia de que reúna todos os países", disse Simões à Folha.
Ele minimizou a disputa entre Brasil e México em torno do
nome da nova entidade -segundo a Folha apurou, algumas embaixadas foram orientadas a buscar apoio dos governos locais à proposta brasileira.
"Há diversas propostas sobre
a mesa, e vamos ver qual será a
que melhor expressa o conteúdo da entidade", disse Simões.
Ele confirmou que Honduras
não foi incluída na agenda oficial e não deverá aparecer no
documento final. E citou entre
os itens mais importantes a
ajuda ao Haiti e a recente controvérsia entre Reino Unido e
Argentina sobre prospecção de
petróleo nas Malvinas.
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