São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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Cerca de 800 mil protestam contra ocupação

No mundo todo, manifestantes fazem atos pela paz um ano depois do início da guerra, mas números ficam bem abaixo do previsto

DA REDAÇÃO

Um ano após o início do conflito, o descontentamento com a Guerra do Iraque continua intenso, como mostraram ontem os protestos ocorridos em inúmeras cidades do mundo. Eles reuniram centenas de milhares de pessoas.
Houve protestos nos quatro cantos do planeta, exigindo o fim da ocupação do Iraque pela coalizão liderada pelos EUA, que, segundo os pacifistas, só faz agravar a ameaça de ataques terroristas.
Mas o número de manifestantes em todo o mundo, cerca de 800 mil, ficou bem abaixo dos 20 milhões que organizações pacifistas esperavam reunir.
O maior protesto até o início da noite de ontem (horário de Brasília) ocorreu em Roma, onde 250 mil pessoas, segundo a polícia, se reuniram, vindas de diferentes lugares da Itália -cujo premiê, Silvio Berlusconi, é aliado de Washington. Os organizadores falaram em 2 milhões de pessoas, mas o número não foi confirmado pela mídia nem pela polícia.
Na Espanha, 170 mil pessoas, de acordo com os organizadores dos atos, foram às ruas em várias cidades. Os atentados terroristas ocorridos em Madri, em 11 de março, mataram 202 pessoas.
No Japão, 120 mil pessoas fizeram protesto em Tóquio e em outras cidades. O país enviou mil soldados ao Iraque.
Em Seul (Coréia do Sul), cerca de 100 mil pessoas protestaram contra o impeachment do presidente, ocorrido recentemente, e contra a ocupação do Iraque.
Nos EUA, 180 mil manifestantes foram às ruas, em Nova York, San Francisco e Los Angeles, para protestar contra a política externa do presidente George W. Bush.
Cerca de 25 mil pessoas, segundo a polícia, participaram do protesto em Londres. Dois pacifistas escalaram o Big Ben, no Parlamento, e ficaram segurando uma faixa com os dizeres: "Hora da verdade". O Reino Unido é o maior aliado dos EUA no Iraque.
No Cairo, 500 manifestantes foram às ruas, monitorados pela polícia. A 300 km dali, em Assiut, milhares de universitários protestaram. Em Amã (Jordânia), a manifestação reuniu 800 pessoas.


Com agências internacionais


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