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HISTÓRIA
Saiba o que foi o conflito na Bósnia
da Redação
A guerra da Bósnia matou
mais de 250 mil pessoas e foi o
conflito mais longo em território europeu depois da Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
A Bósnia-Herzegóvina foi província da Iugoslávia até 92,
quando, na esteira do desmantelamento do país, declarou sua
independência. No mesmo ano,
a União Européia reconheceu a
sua independência.
A população bósnia é constituída por 50% de muçulmanos,
35% de sérvios (que são cristãos
ortodoxos) e 15% de croatas (católicos).
Na época, a minoria sérvia
controlava 49% do território. Insatisfeitos com o predomínio
muçulmano e apoiados pela Iugoslávia, os sérvios cercaram a
capital, Sarajevo. Começa a
"limpeza étnica" promovida
contra os muçulmanos bósnios.
A ONU (Organização das Nações Unidas) impôs sanções
econômicas à Iugoslávia e nasceu a idéia de tornar o país uma
"união de três Estados étnicos",
rejeitada pelos muçulmanos.
Em setembro de 94, em represália a ataques contra forças da
ONU, a Otan (Organização do
Tratado do Atlântico Norte) intervém. O Conselho de Segurança autoriza a Otan a atacar áreas
em poder dos sérvios.
A Otan apenas cessa ataques a
sérvios quando estes tomam
mais de 350 "capacetes azuis",
incluindo dois brasileiros, como
reféns. Os soldados começaram
a ser soltos semanas depois.
O ano de 1995 foi de grande
importância nas tentativas de
paz: em agosto, os sérvios da
Bósnia dão ao presidente da Sérvia autoridade para negociar a
paz em seu nome.
O presidente dos EUA, Bill
Clinton, anuncia acordo de cessar-fogo em outubro e os líderes
em guerra aceitam conversar
sob sua mediação.
Em novembro, os presidentes
da Bósnia, Croácia e Sérvia se
reúnem em Dayton, cidade do
Meio-Oeste dos EUA, onde assinam acordo para dividir poderes e alcançar a paz.
Em dezembro, forças da Otan
começam a observar a implementação do acordo.
O Tribunal Internacional de
Haia acusa o líder sérvio-bósnio
Radovan Karadzic e seu general
Ratko Mladic de genocídio e julga soldados por crimes de guerra.
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