São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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DIPLOMACIA

Presidente pede apoio à reconstrução haitiana

Lula cobra "engajamento mundial" para enviar tropas do Brasil ao Haiti

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que a oferta do Brasil de enviar tropas para o Haiti "estará condicionada ao efetivo engajamento da comunidade internacional com a reconstrução daquele país". Segundo Lula, a missão brasileira "só terá sentido se estiver em estreita sintonia com os países da região".
A decisão de enviar 1.100 soldados em missão de paz ao Haiti, anunciada em março, causou protestos, inclusive no PT, depois que o então presidente haitiano, Jean-Bertrand Aristide, alegou ter sido deposto pelos EUA.
"O Brasil anunciou sua disposição de integrar a missão das Nações Unidas para restabelecer a paz no Haiti. Mas a responsabilidade da comunidade internacional não pára por aí", disse Lula.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou ontem que a força da ONU para estabilizar o Haiti terá de ser formada por mais de 8.000 pessoas, entre soldados e policiais. Além disso, na sexta-feira passada, a ONU disse que, até agora, só arrecadou US$ 7 milhões dos US$ 35 milhões previstos para a ajuda ao Haiti.
Segundo Lula, o chanceler Celso Amorim, quando representava o Brasil na ONU, já defendia uma coordenação mais estreita entre o Conselho de Segurança e os órgãos daquela organização envolvidos na reconstrução física e na recuperação das instituições políticas e sociais dos países.
Lula afirmou também que as tragédias que o Oriente Médio e o Iraque vivem hoje reforçam sua convicção sobre a relevância de uma ordem internacional baseada no direito internacional, no multilateralismo e na ONU.


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