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Equipe econômica estuda reduzir
imposto de pobres
DE BUENOS AIRES
A equipe econômica que será
comandada pelo ministro Roberto Lavagna estuda a implantação de um programa de redução de impostos que visa beneficiar a população mais pobre do país. O projeto deve ser
lançado após a posse do presidente eleito, Néstor Kirchner,
que assume neste domingo, dia
25, e encaminhado ao Congresso junto com o programa de
reajuste das tarifas públicas.
Segundo informações do jornal "Clarín", a proposta prevê
uma redução no IVA (Imposto
sobre Valor Agregado) que incide sobre dez produtos que
compõem a cesta básica dos argentinos, entre eles farinha, arroz, açúcar e óleo.
O objetivo é fazer com que o
corte de impostos gere uma redução dos preços e, consequentemente, uma melhora do
poder de compra da população
mais pobre do país. Segundo o
Indec, instituto de estatística
do governo, o preço médio da
cesta básica é de cerca de 720
pesos, enquanto a renda média
das pessoas mais pobres não
ultrapassa os 330 pesos.
O valor do desconto, no entanto, estaria condicionado à
um aumento da arrecadação e
ao compromisso de redução de
preços por parte das empresas
que serão beneficiadas com o
corte de impostos. Em abril, a
arrecadação tributária cresceu
83% na comparação com o
mesmo mês de 2002 e somou
5,3 bilhões de pesos (R$ 5,5 bi).
O projeto será encaminhado
ao Congresso como um apêndice da proposta de aumento
das tarifas públicas (telefone,
eletricidade, água e gás), que
estão congeladas. A intenção
de Lavagna é pressionar o Congresso a aprovar ambas as medidas. As empresas que oferecem os serviços públicos têm
pressionado o governo a autorizar o reajuste, que foi adiado
durante a atual gestão de
Eduardo Duhalde.
A decisão agora será de
Kirchner, que já se mostrou favorável a um aumento dos preços das tarifas. O futuro presidente, no entanto, disse que o
repasse não será integral e que
as "empresas que ganharam
muito durante um tempo terão
que abrir mão do lucro agora
para compensar e para colaborar com o desenvolvimento da
Argentina."
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