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Investigação da Marinha de Israel aponta falhas em ataque a frota
Relatório critica falta de informação sobre ativistas, mas exime militares de culpa por mortes
Gabinete de Netanyahu confirma flexibilização de embargo a Gaza com permissão para entrada de materiais de uso civil
DE SÃO PAULO
Uma investigação interna
feita pela Marinha de Israel
apontou erros de inteligência
e de planejamento no ataque
de militares do país contra a
frota que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza.
Essa conclusão foi divulgada pela Rádio Israel, oficial, e reproduzida pelo jornal "Haaretz".
O confronto, ocorrido no
último dia 31, deixou nove
manifestantes mortos.
Israel alega que seus militares foram atacados antes,
ao invadirem a embarcação.
Segundo essa sindicância
da Marinha, falhas prévias à
ação fizeram com que o grupo de militares diretamente
envolvido no confronto não
dispusesse de informações
suficientes sobre a possibilidade de resistência violenta
por parte dos ativistas.
O inquérito, no entanto,
exime de responsabilidades
os integrantes das forças de
segurança do país diretamente envolvidos no confronto. Eles teriam agido de
forma adequada, dadas as
circunstâncias.
O erro, conclui a investigação, foi não utilizar outros
métodos dissuasórios, como
jatos d'água e bombas de fumaça, antes de os militares
invadirem a embarcação.
O confronto, e as mortes
dele resultantes, chamaram
atenção mundial para o bloqueio imposto por Israel à
faixa de Gaza desde 2007.
O rígido controle sobre o
que entra e sai do território
palestino por terra e mar foi
imposto após o grupo radical
Hamas, que vencera eleições
legislativas no ano anterior
contra o Fatah, tomar controle da região e expulsar o rival.
Sob pressão, o governo israelense confirmou ontem a
flexibilização do bloqueio
que já havia anunciado no final da semana passada.
Ficam suspensas todas as
restrições à entrada de gêneros alimentícios e passa a ser
permitida uma maior entrada de materiais de construção, a serem usados sob supervisão externa.
Israel mantém o objetivo
principal do bloqueio, que é
impedir o acesso do Hamas a
armas ou materiais para a fabricação de armamentos.
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