São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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Dinamarca retira em segredo 200 refugiados do Iraque com suas tropas

DA REDAÇÃO

O governo da Dinamarca retirou em segredo cerca de 200 civis iraquianos do sul do Iraque como parte de um acordo oferecido a intérpretes e auxiliares das tropas dinamarquesas, segundo afirmou ontem um porta-voz do Ministério da Defesa.
O último dos três aviões militares que levaram os refugiados iraquianos e suas famílias saiu ontem da cidade de Basra, na Província de mesmo nome, de acordo com Jacob Winther, porta-voz do ministério da Defesa. Outros dois aviões chegaram à Dinamarca nesta semana.
Os vôos foram mantidos em segredo devido ao receio de ataques de insurgentes contra os aviões. Winther revelou a operação à agência de notícias Associated Press após o último avião ter saído do espaço aéreo iraquiano.
O destino dos civis iraquianos que auxiliaram as tropas dinamarquesas foi calorosamente discutido na Dinamarca após o governo anunciar no início do ano que iria retirar o grupo de 480 militares dinamarqueses que mantinha em Basra no mês que vem.
Em 27 de junho, Copenhague afirmou que ofereceria vistos aos iraquianos que quisessem pedir asilo à Dinamarca e ajuda financeira ou trabalho para os que permanecessem no Iraque.
No momento, o governo dinamarquês focou 22 intérpretes e suas famílias, mas disse que irá fazer ofertas semelhantes a outros 130 intérpretes e auxiliares que trabalharam para as tropas, polícia ou Ministério do Exterior dinamarqueses no Iraque desde 2003.
Cerca de 80 pessoas estavam a bordo do último vôo, em um avião de transporte da Força Aérea. Em um país não revelado, os passageiros foram transferidos para um avião civil, que seguiu para Copenhague.
O Acnur (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) estima que cerca de 2 milhões dos 26 milhões de iraquianos tenham fugido do país desde a invasão americana, em março de 2003. Mais 1,9 milhão teve que se deslocar internamente.
A maioria deles foi abrigada por Síria e Jordânia. Os iraquianos estão no topo da lista de pedidos de refúgio na União Européia.


Com agências internacionais


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