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São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 2003

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EUA não enviarão mais soldados, diz Rumsfeld

DA REDAÇÃO

O secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, disse ontem que Washington não planeja fortalecer as tropas americanas no Iraque. Segundo ele, forças iraquianas deverão garantir a segurança do país a longo prazo.
Mas analistas disseram que o ataque à sede da ONU em Bagdá mostra que a situação não permite que muito tempo seja perdido.
A contratação e o treinamento de forças iraquianas demorariam demais, segundo analistas. "O processo de contratação e de treinamento de iraquianos é lento, e temos necessidades imediatas", disse o general William Nash.
Rumsfeld salientou que comandantes militares que estão no Iraque disseram a Paul Wolfowitz, subsecretário da Defesa dos EUA, que não há necessidade de envio de novos soldados.
O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse não crer na possibilidade de a entidade enviar soldados de manutenção da paz ao Iraque. Jack Straw, chanceler do Reino Unido, afirmou que o governo britânico poderá negociar um fortalecimento do papel da ONU na reconstrução iraquiana.
Ele não deu detalhes sobre o assunto. Especula-se que Straw possa tentar convencer a administração americana a aceitar um maior papel da ONU no Iraque.
O chefe da Autoridade Provisória da Coalizão (APC), o americano Paul Bremer, afirmou que o ataque à sede da ONU em Bagdá pode ter sido cometido por "terroristas" estrangeiros, mas negou que o Iraque esteja numa situação caótica atualmente.
Analistas disseram que, apesar da posição oficial de Washington ainda não ter sido alterada, a escalada da violência no Iraque poderá fazer com que as autoridades dos EUA mudem de idéia.
"Aqueles que tentam bloquear a reconstrução do Iraque querem deixar claro que atacarão todo mundo que ajuda os EUA. Isso poderá fazer Washington repensar sua estratégia", disse Anthony Cordesman, do Centro para Estudos Estratégicos Internacionais.


Com agências internacionais


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