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REINO UNIDO
Revisão só muda detalhes
Londres mantém política de "atirar para matar"
DA REDAÇÃO
A Polícia Metropolitana de
Londres disse ontem que, após a
morte do brasileiro Jean Charles
de Menezes, fez uma revisão de
sua política de uso de força letal
contra suspeitos de terrorismo,
mas adotou apenas pequenas
mudanças de procedimento. A
política de "atirar para matar"
continua em vigor.
"Houve uma revisão. A polícia
reviu a estratégia e adotamos uma
ou duas pequenas mudanças,
mas a operação permanece essencialmente a mesma", disse uma
porta-voz da polícia.
Ela se recusou a discutir detalhes das mudanças na Operação
Kratos, o nome utilizado pela corporação para designar o que a imprensa britânica chama de política de "atirar para matar".
A revisão ocorreu depois da
morte, no dia 22 de julho, de Jean
Charles, erroneamente identificado como suspeito de ataques terroristas.
A polícia também negou ontem
reportagens de jornas britânicos
que informavam que ela teria oferecido US$ 1 milhão à família de
Jean Charles a título de compensação. A polícia divulgou nota em
que diz: "As únicas discussões
que tivemos até aqui com a família de Jean Charles de Menezes dizem respeito aos gastos iniciais e
refutamos enfaticamente sugestões de que tenha sido oferecido
um número próximo a US$ 1 milhão a título de compensação".
Reportagem publicada na edição de ontem de "The Daily Mail"
afirma que um funcionário do governo fez uma oferta inicial de
compensação durante visita ao
Brasil, duas semanas atrás.
"Não nos venderemos. Não seremos silenciados", disseram os
pais de Jean Charles, Matozinho e
Maria de Menezes, de acordo com
o jornal britânico.
Na sexta-feira, um primo do
brasileiro havia pedido a renúncia
de sir Ian Blair, o chefe de polícia
de Londres. "Eles mataram Jean e
contam mentiras", disse Alessandro Pereira em entrevista coletiva
que foi transmitida para todo o
Reino Unido.
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