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Curdos cedem para obter pacto sobre Carta
DA REDAÇÃO
Lideranças curdas disseram
que poderiam desistir de sua exigência de que a Constituição iraquiana reconheça o direito à secessão, de modo a facilitar a aprovação da Carta. As principais obstáculos à aprovação da nova
Constituição são o papel do islã e
o pacto federativo, no qual se encerra a distribuição das riquezas
proporcionadas pelo petróleo.
O Parlamento iraquiano tem até
amanhã para chegar a um consenso e aprovar o documento. Se
não o fizer, o Legislativo deve dissolver-se. Os EUA estão colocando forte pressão sobre os negociadores. Washington espera que a
nova Constituição possa diminuir
o ímpeto da insurgência.
Mullah Bakhtiyar, um dos caciques da União Patriótica do Curdistão, o partido político do presidente Jalal Talabani, disse que todas as partes estavam mostrando
flexibilidade, a fim de chegar a um
acordo. "Quanto à autodeterminação dos curdos, essa questão
não recebeu o apoio dos sunitas
nem dos xiitas e nós quase desistimos dessa demanda", afirmou
Bakhtiyar.
Os curdos gozam de independência "de facto" desde 91. Se eles
realmente desistirem de tentar garantir o direito de secessão na
Carta, um dos principais obstáculos à aprovação estará resolvido.
O outro ponto polêmico -e
que continuava sem acordo- é o
papel do islã, que coloca curdos e
grupos seculares contra os partidos islâmicos que representam a
maioria xiita do país.
Em Bagdá, dois policiais foram
mortos ontem num tiroteio. Pistoleiros não identificados também mataram dois civis. Em
Mossul (norte) tropas americanas
mataram três insurgentes.
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