São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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Portenhos fazem fila para ver equatoriano

DE BUENOS AIRES

Rafael Correa viveu ontem à tarde momentos de superstar ao participar de um ato organizado pelas Mães da Praça de Maio. Centenas de pessoas fizeram fila às portas da Universidade Popular das Mães da Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, para ver o presidente do Equador. O auditório onde ele prestou contas à comunidade equatoriana da cidade sobre seu governo ficou inteiramente lotado.
Durante sua exposição, Correa foi aplaudido de pé. Ao deixar o local, saiu literalmente nos braços da multidão, enquanto seus seguranças tentavam criar um espaço para que ele passasse. Já na porta de carro, o estudante equatoriano Raúl López foi um dos que conseguiram cumprimentá-lo: "Presidente, não se deixe abater nunca. Sabemos quem são os mentirosos".
A popularidade de Correa levou a primeira-dama Cristina Fernández de Kirchner a brincar durante o ato que os dois protagonizaram em Merlo. "Todas as meninas estão enlouquecidas com o Rafa Correa. O setor feminino o aclama", disse.
O ato organizado pelas Mães da Praça de Maio faz parte do alinhamento político da entidade, que neste ano apoiará pela primeira vez uma candidatura presidencial na Argentina: a de Cristina.
Ontem, elas deixaram o auditório às 15h, 25 minutos antes de Correa ir embora, para ir à Praça de Maio fazer o protesto silencioso que repetem todas as quintas há 30 anos, pelos filhos mortos na ditadura militar.
O principal tema tratado por Correa foi a Assembléia Constituinte em seu país. "A Assembléia teve o apoio de 82% da população. Está garantido que tenha 50% de homens e 50% de mulheres. Uma vez que esteja pronta a Constituição, será submetida à aprovação popular por meio de um referendo. O que pode ser mais democrático que isso?", questionou.
Correa disse que o dia 30 de setembro, quando serão eleitos os membros da Assembléia, é "a batalha final, o tudo ou nada". "Se perdermos esta eleição, continuarão os mesmos de sempre. Se ganharmos, teremos a oportunidade de construir um novo Equador." (RR)


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