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ARMAS NUCLEARES
Powell afirma que Washington agora considera medidas econômicas para pressionar norte-coreanos
EUA dizem que acordo com Coréia do Norte é letra morta
DA REDAÇÃO
A administração Bush considera letra morta seu acordo de armas nucleares com a Coréia do
Norte e está examinando medidas
econômicas e diplomáticas para
pressionar o governo comunista
norte-coreano a abandonar suas
ambições nucleares, afirmou ontem o secretário de Estado dos
EUA, o general Colin Powell.
O chefe da diplomacia norte-americana descreveu o acordo de
1994 com a Coréia do Norte como
um documento político mais do
que como um acordo de armas.
Pelo texto, a Coréia do Norte se
comprometia a desmantelar seu
programa de armas nucleares em
troca da construção de dois reatores nucleares para a produção de
energia elétrica, financiados principalmente pela Coréia do Sul e
pelo Japão.
Os EUA afirmaram, na semana
passada, que a Coréia do Norte
admitiu manter um programa
nuclear, o que viola o acordo. Em
conversas com o enviado dos
EUA a Pyongyang neste mês, autoridades norte-coreanas disseram que consideravam o acordo
inválido, pois os novos reatores
não estarão em funcionamento
antes do fim de 2003, como havia
sido prometido.
"Acho que agora seja importante que toda a comunidade internacional, especialmente os vizinhos da Coréia do Norte, coloque
pressão máxima sobre Pyongyang para mostrar que o que eles
estão fazendo é totalmente inconsistente com a melhoria das condições de vida do povo", disse Powell numa entrevista à NBC.
Falando em um outro programa, da Fox, Powell afirmou que o
líder da Coréia do Norte, Kim
Jong-il, constitui uma "ameaça",
mas menor do que o ditador iraquiano, Saddam Hussein, a quem
os EUA pressionam com a perspectiva de uma ação militar para
que suspenda seus programas de
obtenção de armas de destruição
em massa. "Não é uma boa comparação", disse Powell.
O chefe da diplomacia norte-americana também afirmou que
os EUA não têm no momento
planos para uma ação bélica contra a Coréia do Norte, cuja capacidade militar é, nas palavras de Powell, "bem superior à do Iraque,
ainda que assentada sobre uma
base bastante estragada por causa
da economia".
Os EUA mantêm na região um
alto funcionário que iniciou ontem uma série de consultas com
autoridades japonesas. A viagem
do secretário-assistente de Estado
James Kelly ao Japão ocorre após
o diplomata ter visitado China e
Coréia do Sul para tratar do programa de armas norte-coreano.
Uma das medidas que os EUA
pensam em tomar contra a Coréia
do Norte é a suspensão da ajuda
anual de 500 mil toneladas de óleo
combustível, que era prevista pelo
acordo de 1994. Esse suprimento
foi concebido para ajudar a Coréia do Norte a suprir suas necessidades energéticas até que os reatores estivessem funcionando.
Com agências internacionais
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