São Paulo, sexta-feira, 21 de novembro de 2008

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EUA divergem sobre futuro de republicanos

DA REDAÇÃO

Externada por políticos e analistas após a eleição e durante o encontro anual dos governadores da legenda, na Flórida há uma semana, a impressão de que o Partido Republicano está numa encruzilhada ideológica foi confirmada por números.
Uma pesquisa nacional do Gallup, divulgada ontem, perguntou se a sigla deveria tomar rumo mais ou menos conservador ou permanecer em sua linha atual no futuro.
As fatias que optaram pelos caminhos opostos são idênticas -37% dos adultos acima de 18 anos- enquanto 20% defendem a manutenção do rumo atual.
Entre os eleitores republicanos, a preferência é clara: 59% desejam uma guinada conservadora. A exemplo do quadro nacional, entre os independentes, os grupos que citam o caminho mais e o menos conservador são iguais (35%). Para 56% do eleitorado democrata, a melhor alternativa é a última.
"É este o problema, evidentemente. Se o Partido Republicano voltar às raízes e ficar mais conservador, ele terá capacidade de atrair mais eleitores no futuro? Não parece que vai atrair os democratas e há divisão entre os independentes", afirmou Frank Newport, editor-chefe do Gallup em vídeo no site do instituto.
Além desse desafio, os republicanos precisam recuperar a imagem do partido. A pesquisa apontou que 61% dos americanos têm opinião desfavorável sobre a legenda derrotada nas eleições do dia 4. É a maior rejeição que o Gallup registrou para a sigla desde que começou a sua medição mensal, em 1992.
Newport citou também a diferença entre os que têm opinião favorável sobre os partidos, pró-democratas em mais de 20 pontos.
Vitorioso nas urnas, com a eleição de Barack Obama, a ampliação da maioria na Câmara e a chance de uma supermaioria no Senado, o Partido Democrata tem imagem favorável para 55% dos americanos. Já a aprovação dos republicanos é de 34%.
O Gallup aponta que a queda das respostas favoráveis à legenda acompanhou a queda na avaliação do governo Bush no passado. Mas ressalva que a mais recente descida (de 40% em outubro para os atuais 34%) reflete a derrota eleitoral e não o humor em relação ao atual presidente.
Feito entre 13 e 16 de novembro, o estudo tem margem de erro de três pontos.


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