|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA divergem sobre futuro de republicanos
DA REDAÇÃO
Externada por políticos e
analistas após a eleição e durante o encontro anual dos
governadores da legenda, na
Flórida há uma semana, a
impressão de que o Partido
Republicano está numa encruzilhada ideológica foi
confirmada por números.
Uma pesquisa nacional do
Gallup, divulgada ontem,
perguntou se a sigla deveria
tomar rumo mais ou menos
conservador ou permanecer
em sua linha atual no futuro.
As fatias que optaram pelos caminhos opostos são
idênticas -37% dos adultos
acima de 18 anos- enquanto
20% defendem a manutenção do rumo atual.
Entre os eleitores republicanos, a preferência é clara:
59% desejam uma guinada
conservadora. A exemplo do
quadro nacional, entre os independentes, os grupos que
citam o caminho mais e o
menos conservador são
iguais (35%). Para 56% do
eleitorado democrata, a melhor alternativa é a última.
"É este o problema, evidentemente. Se o Partido
Republicano voltar às raízes
e ficar mais conservador, ele
terá capacidade de atrair
mais eleitores no futuro?
Não parece que vai atrair os
democratas e há divisão entre os independentes", afirmou Frank Newport, editor-chefe do Gallup em vídeo no
site do instituto.
Além desse desafio, os republicanos precisam recuperar a imagem do partido. A
pesquisa apontou que 61%
dos americanos têm opinião
desfavorável sobre a legenda
derrotada nas eleições do dia
4. É a maior rejeição que o
Gallup registrou para a sigla
desde que começou a sua
medição mensal, em 1992.
Newport citou também a
diferença entre os que têm
opinião favorável sobre os
partidos, pró-democratas
em mais de 20 pontos.
Vitorioso nas urnas, com a
eleição de Barack Obama, a
ampliação da maioria na Câmara e a chance de uma supermaioria no Senado, o Partido Democrata tem imagem
favorável para 55% dos americanos. Já a aprovação dos
republicanos é de 34%.
O Gallup aponta que a queda das respostas favoráveis à
legenda acompanhou a queda na avaliação do governo
Bush no passado. Mas ressalva que a mais recente descida
(de 40% em outubro para os
atuais 34%) reflete a derrota
eleitoral e não o humor em
relação ao atual presidente.
Feito entre 13 e 16 de novembro, o estudo tem margem de erro de três pontos.
Texto Anterior: Sucessão nos EUA / Montagem do gabinete: Governo terá defensora de cidadania a ilegais Próximo Texto: Americanas Índice
|