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Bogotá ataca Chávez por destruir pontes
Colômbia levou caso à OEA; crise bilateral será tema de cúpula de presidentes em Manaus e reunião da Unasul
DA REDAÇÃO
O governo da Colômbia entregou ontem à OEA (Organização dos Estados Americanos)
informe no qual se queixa porque a Venezuela explodiu duas
pontes usadas por pedestres na
fronteira entre os países.
O governo Álvaro Uribe disse
que a destruição das pontes,
que funcionavam sem posto de
controle sobre o rio Táchira, foi
"um ato unilateral e uma agressão contra a população civil". Já
Caracas disse que as pontes
eram usadas por contrabandistas e narcotraficantes.
O secretário-geral da OEA,
José Miguel Insulza pediu "máxima prudência" ao dois países.
O episódio se soma à série de
incidentes na divisa que têm
alimentado a crise entre Colômbia e Venezuela. Chávez
"congelou" as relações com Bogotá porque se diz ameaçado
pelo pacto militar Colômbia-EUA. Como consequência, a
zona já turbulenta pela presença de traficantes, guerrilheiros
e paramilitares ganhou mais
um ingrediente de instabilidade: a falta de comunicação fluida entre os países.
Ontem, o ministro da Defesa
da Colômbia, Gabriel Silva,
reuniu-se com as cúpulas da
polícia e das Forças Armadas
em Arauca, perto da fronteira, e
anunciou que reforçará a vigilância de pontes sobre o rio Táchira com lanchas da Marinha
para "evitar que essas provocações gerem um incidente".
Num reflexo da controvérsia
na política interna colombiana,
ontem o candidato à Presidência Rafael Pardo (Partido Liberal), visitou a cidade de Cúcuta,
também na fronteira, e pediu
que Uribe declare a área "em
emergência". O presidente colombiano fará em Cúcuta, hoje,
sua reunião de gabinete itinerante e televisionada.
Uribe e Chávez devem se encontrar na próxima quinta, em
Manaus, na cúpula de presidentes amazônicos, prévia à
Convenção do Clima de Copenhague. Na sexta, o tensão bilateral estará na pauta da reunião
do Conselho de Segurança da
Unasul (União de Nações Sul-Americanas), em Quito.
Com agências internacionais
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