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ARGENTINA
Ela nega adoção ilegal
Dona do "Clarín" vai para prisão domiciliar
DE BUENOS AIRES
A Justiça argentina transferiu
ontem para prisão domiciliar a
empresária Ernestina Herrera de
Noble, 77, principal acionista do
Grupo Clarín -um dos maiores
grupos de comunicação do país.
De Noble estava detida desde terça-feira por ordem de um juiz que
analisa o caso de suposta falsificação de documentos no processo
de adoção de seus dois filhos.
Segundo denúncia da associação Avós da Praça de Maio, é possível que as duas crianças adotadas por De Noble em 1976 sejam
filhos de desaparecidos políticos.
Anteontem, ela se declarou inocente das acusações de falsificação de documentos e se negou a
responder perguntas da Justiça.
Segundo o jornal "Clarín", ela disse que não havia condições mínimas para um julgamento justo.
A empresária e seus advogados
deram poucas declarações. Na defesa, os advogados argumentam
que os documentos da mãe de um
dos filhos teriam sido falsificados
sem o conhecimento da empresária. No outro caso, argumentam
que a filha foi adotada seis meses
antes do desaparecimento de
uma criança cuja família suspeita
ter sido entregue a De Noble.
Associações de empresas de comunicação e o presidente Eduardo Duhalde criticaram a atuação
do juiz Roberto Marquevich. Na
avaliação de Duhalde, ele teria
atuado de forma "teatral".
Os advogados avaliam que a
prisão foi resultado de "abusos
processuais", que a empresária foi
detida antes de ser convocada a
depor e que o juiz postergou procedimentos para mantê-la detida.
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