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IRAQUE SOB TUTELA
Saldo de mortos em ataques no país soma 54 em dois dias
Carro-bomba em rua comercial de Bagdá mata 22
DA REDAÇÃO
Bagdá sofreu seu pior atentado
terrorista em mais de um mês ontem, quando pelo menos 22 pessoas morreram em um ataque
com carro-bomba. Outras oito
morreram em ataques pelo país
-com os mortos em ataques na
véspera, o saldo sobe para 54.
O atentado, que ocorreu por
volta das 17h (hora local), atingiu
uma área freqüentada majoritariamente por árabes xiitas em um
bairro comercial na capital e deixou ainda 28 feridos. A rua ficou
coberta de manchas de sangue e
pedaços de fruta vindos de uma
carroça atingida pela explosão.
Segundo a polícia, a bomba foi
detonada por controle remoto e
aparentemente visava um posto
policial, mas acabou atingindo
principalmente civis.
Outros atentados pelo país deixaram oito mortos e 30 feridos, e
uma série de ataques em Baquba
(noroeste) visou estabelecimentos tidos como símbolos da influência ocidental: salões de beleza e lojas de bebidas.
A renovação da violência ocorre
num momento em que o Iraque
discute a formação do governo.
Anteontem, o embaixador dos
EUA no país, Zalmay Khalilzad,
alertou a coalizão árabe-xiita que
venceu as eleições para o risco de
formar um governo sectário.
Washington crê que a insurgência seja alimentada pela minoria
árabe-sunita, que perdeu os privilégios com a queda de Saddam
Hussein (1979-2003), e espera que
envolvê-la no processo político
reduza a violência no país.
Ontem, o chanceler britânico,
Jack Straw, renovou o alerta durante uma visita ao país para discutir a formação do gabinete, pedindo que "nenhum partido ou
grupo étnico ou religioso deve dominar" o próximo governo.
Americanos indiciados
A Justiça dos EUA indiciou em
Ohio três homens acusados de
planejarem ataques a soldados
americanos e aliados no Iraque.
Um deles, cidadão dos EUA e da
Jordânia, ameaçou matar o presidente George W. Bush. Outro é
um cidadão dos EUA nascido na
Jordânia, e o terceiro é um imigrante libanês.
O grupo, que vive em Toledo,
foi preso no final de semana e, segundo o inquérito, recrutou combatentes para lutar contra os EUA
no Iraque. As autoridades não revelaram em que estágio dos planos os acusados estavam.
Com agências internacionais
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