São Paulo, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

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IRAQUE SOB TUTELA

Saldo de mortos em ataques no país soma 54 em dois dias

Carro-bomba em rua comercial de Bagdá mata 22

DA REDAÇÃO

Bagdá sofreu seu pior atentado terrorista em mais de um mês ontem, quando pelo menos 22 pessoas morreram em um ataque com carro-bomba. Outras oito morreram em ataques pelo país -com os mortos em ataques na véspera, o saldo sobe para 54.
O atentado, que ocorreu por volta das 17h (hora local), atingiu uma área freqüentada majoritariamente por árabes xiitas em um bairro comercial na capital e deixou ainda 28 feridos. A rua ficou coberta de manchas de sangue e pedaços de fruta vindos de uma carroça atingida pela explosão.
Segundo a polícia, a bomba foi detonada por controle remoto e aparentemente visava um posto policial, mas acabou atingindo principalmente civis.
Outros atentados pelo país deixaram oito mortos e 30 feridos, e uma série de ataques em Baquba (noroeste) visou estabelecimentos tidos como símbolos da influência ocidental: salões de beleza e lojas de bebidas.
A renovação da violência ocorre num momento em que o Iraque discute a formação do governo. Anteontem, o embaixador dos EUA no país, Zalmay Khalilzad, alertou a coalizão árabe-xiita que venceu as eleições para o risco de formar um governo sectário.
Washington crê que a insurgência seja alimentada pela minoria árabe-sunita, que perdeu os privilégios com a queda de Saddam Hussein (1979-2003), e espera que envolvê-la no processo político reduza a violência no país.
Ontem, o chanceler britânico, Jack Straw, renovou o alerta durante uma visita ao país para discutir a formação do gabinete, pedindo que "nenhum partido ou grupo étnico ou religioso deve dominar" o próximo governo.

Americanos indiciados
A Justiça dos EUA indiciou em Ohio três homens acusados de planejarem ataques a soldados americanos e aliados no Iraque.
Um deles, cidadão dos EUA e da Jordânia, ameaçou matar o presidente George W. Bush. Outro é um cidadão dos EUA nascido na Jordânia, e o terceiro é um imigrante libanês.
O grupo, que vive em Toledo, foi preso no final de semana e, segundo o inquérito, recrutou combatentes para lutar contra os EUA no Iraque. As autoridades não revelaram em que estágio dos planos os acusados estavam.


Com agências internacionais

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