São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Protestos no Marrocos deixaram 5 mortos, diz governo

Anúncio contraria relatos de que manifestações por reformas, que poupam o rei Mohammed 6º, foram essencialmente pacíficas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo do Marrocos afirmou ontem que pelo menos cinco pessoas morreram durante os protestos por reformas realizados na véspera, contrariando os relatos de que os atos promovidos são essencialmente pacíficos.
Segundo o Ministério do Interior, cinco corpos carbonizados foram encontrados em um banco incendiado na véspera em Alhucemas (no norte), um tradicional reduto de opositores ao regime.
Outras 128 pessoas, na maioria membros das forças de segurança, ficaram feridas nos protestos que reuniram ao menos 37 mil pessoas em várias cidades marroquinas. Segundo o governo, 120 opositores foram detidos.
Ontem, foram registrados novos atos opositores em algumas cidades após o anúncio das mortes, embora menores que os da véspera.
Também ontem, o rei Mohammed 6º fez um pronunciamento ao país se dizendo "comprometido com a realização de reformas estruturais", em aparente reação à eclosão de manifestações.
Os protestos de domingo foram os primeiros registrados no país desde o início das revoltas populares que derrubaram os ditadores de Tunísia e Egito e já representam ameaças a outros líderes.
Até agora, os manifestantes marroquinos, de vários setores da sociedade, reivindicam mudanças como a dissolução do Parlamento e nova Constituição, porém têm poupado a monarquia.
O rei Mohammed 6º está desde 1999 no poder e cultiva imagem de líder moderno e promotor de reformas políticas, avanços em direitos humanos e luta contra pobreza.

OUTROS PROTESTOS
No Iêmen, palco de protestos antirregime há mais de uma semana, o ditador Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no cargo, disse que nenhum objetivo será alcançado por meio de "anarquia e mortes".
No Bahrein, atos por reformas políticas prosseguiram.


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